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Petrobras: Dilma promete medidas ‘duras’. Mas não agora

Presidente diz que aguarda dados oficiais sobre delação premiada de Paulo Roberto Costa e que, quando recebê-los, vai agir "imediatamente"

Por Gabriel Castro, de Brasília
7 set 2014, 15h11

A presidente Dilma Rousseff prometeu neste domingo tomar medidas “duras” e agir “imediatamente” em relação ao megaesquema de corrupção instalado na Petrobras – mas só quando receber as informações oficiais sobre o envolvimento de membros do governo com os desvios. Nesta semana, VEJA traz detalhes do que disse sobre o esquema à Polícia Federal o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada. Dilma falou sobre o caso após ser questionada por jornalistas sobre a possibilidade de demissão do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, citado por Costa como um dos beneficiários do esquema.

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“Quando tiver os dados eu tomarei todas as providências cabíveis. Tomarei todas as medidas, inclusive se tiver de tomar medidas mais fortes”, disse, quando indagada sobre o tema em uma entrevista concedida no Palácio da Alvorada. Depois, repetiu a promessa com outras palavras. “Quando algum dos órgãos que investigam me der uma informação oficial, eu tomarei a providência cabível, vocês podem ter certeza, imediatamente”.

A presidente afirmou que não pode agir com base apenas na reportagem de VEJA, que mostra os nomes entregues por Costa à Polícia Federal. “Eu gostaria muito de ter acesso a essas informações de forma oficial. Que entregassem para mim os dados. De todos os dados eu não preciso, eu preciso dos dados que digam respeito ou que tenham alguma interferência com o meu governo”, afirmou Dilma. Costa afirmou que políticos da base aliada à presidente Dilma e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disputava a Presidência da República ao lado de Marina Silva, receberam dinheiro do esquema. O rol de citados pelo delator inclui três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de Paulo Roberto Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, mas também adentrou a atual gestão da presidente Dilma.

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Dilma também tentou consertar a resposta que havia dado na última semana sobre a possibilidade de demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em um eventual segundo mandato. “Governo novo, equipe nova”, disse ela na ocasião. Agora, Dilma evita se comprometer: “Um governo novo fará uma equipe nova. As pessoas que vão compor essa equipe podem vir do governo anterior, mas é uma nova equipe”, disse ela. Enquanto Dilma falava, Mantega estava no próprio Alvorada, à espera de um encontro com a presidente.

Marina – Dilma também disse que as críticas cada vez mais intensas de sua campanha a Marina Silva não são “agressões”, mas parte do “debate”. “Nós não queremos agredir, nós queremos fazer um debate qualificado. Lamento que debate qualificado seja visto como agressão”, disse ela. Marina tem se queixado publicamente dos ataques.

A petista encerrou a coletiva com outra provocação à adversária. “O que acontece com o meu governo e comigo é que nós não mudamos de posição todos os santos dias. Então, quando a gente afirma uma coisa agora, a gente repete a coisa às 18 horas no dia seguinte. E, como é próprio de todo presidente ser muito pressionado, inclusive por vocês (imprensa), eu também aguento pressão bem”

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Dilma – a candidata – se reuniu neste domingo com integrantes de movimentos da juventude – inclusive dos Sem Terra, do grupo Fora do Eixo e do Levante Popular da Juventude. Segundo ela, a reforma política foi tema do encontro. A petista voltou a defender um plebiscito sobre o assunto.

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