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Vaccarezza: ‘Defendi André Vargas e não me arrependo’

Deputado Cândido Vaccarezza (SP) é amigo de Vargas e o seu nome é citado nas escutas interceptadas pela Polícia Federal na Lava-Jato

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jul 2014, 19h48

Único petista que aceitou prestar depoimento no Conselho de Ética, o deputado Cândido Vaccarezza (SP) afirmou nesta terça-feira que não se arrepende de defender André Vargas (PR), citado em investigação da Polícia Federal como parceiro do doleiro Alberto Youssef, pivô de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Vaccarezza é amigo de Vargas e seu nome também aparece nas escutas da PF obtidas na Operação Lava-Jato.

O presidente do PT, Rui Falcão, e o líder na Câmara, deputado Vicentinho (SP), se recusaram a participar de audiência no colegiado.

Em depoimento, Vaccarezza saiu em defesa do ex-petista: negou ter existido qualquer tipo de interferência do partido dentro do Ministério da Saúde, conforme apontam as investigações da polícia, criticou a pressão para que Vargas se afastasse da vice-presidência da Câmara e disse ter “convicção” de ele que ele não agiu como lobista. “Eu o defendi e não me arrependo”, disse ao colegiado. “O que ele [Vargas] me disse eu acredito. Quem tem de provar é quem acusa.”

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Um dos principais defensores dos condenados pelo mensalão, Vargas viu sua carreira política ruir após a revelação de que ele e sua família utilizaram um jatinho de Youssef para passar as férias de fim de ano em João Pessoa (PB). Youssef, a quem Vargas chamava de “irmão”, mantinha contato constante com o congressista: segundo as investigações da PF, os dois trabalhavam para enriquecer juntos articulando contratos com o governo federal. Para evitar que o caso respingasse em candidaturas estaduais, entre elas a do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, Vargas se desfiliou do PT no final de abril.

Vaccarezza voltou a negar que o doleiro tenha se reunido com Vargas em seu apartamento oficial, conforme indica relatório elaborado pela PF. O deputado disse conhecer Youssef “há muito tempo”, mas que nunca se reuniu com o parlamentar e o doleiro “para tratar de Labogen, de política, negócios ou de outro assunto qualquer”. Vaccarezza tentou tirar os indícios de uso de tráfico de influência do centro dos debates. Para ele, o colegiado teria de se debruçar sobre a viagem no jatinho. “A injustiça é que está se misturando o crime que ele assume do uso de avião com os crimes que a Labogen praticou. As coisas não devem ser misturadas”, disse, somando-se à ala petista que articula para que Vargas tenha uma punição mais branda, como uma advertência ou suspensão no lugar da cassação.

O processo contra Vargas teve investigação iniciada há dois meses, mas avança a passos lentos justamente por causa de uma série de manobras de aliados para empurrar o caso para depois das eleições, quando o assunto já estiver arrefecido. Nesta terça, três advogados do parlamentar participaram da sessão – e tentaram inviabilizar a audiência alegando que não tiveram acesso ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), enviado ao colegiado nesta tarde. O argumento, no entanto, não foi acatado pela relatoria do processo.

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O conselho iria ouvir Alberto Youssef via videoconferência nesta quarta-feira, mas o juiz federal Sérgio Moro cancelou a audiência após o doleiro enviar ofício dizendo que iria se reservar ao direito de não se manifestar. Ficou agendada a audiência com dois sócios da Labogen: Esdra Ferreira e Leonardo Meirelles.

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