Perto do pleno emprego, Não-Me-Toque atrai mão de obra de cidades vizinhas

A cidade de São Paulo recebe, diariamente, milhares de trabalhadores que moram em municípios vizinhos e se deslocam para a metrópole em ônibus fretados. Em Não-Me-Toque, onde está a equipe da Expedição VEJA, acontece o mesmo. A diferença é que o município gaúcho tem apenas 16.700 habitantes e atrai pessoas de cidades maiores, como Passo Fundo. Alguns trabalhadores vêm de distâncias de mais de 130 quilômetros.

Infográfico: A Expedição VEJA, quilômetro a quilômetro

O desenvolvimento de tecnologias de alta precisão para o maquinário agrícola é responsável pela transformação da simpática cidade em ímã para moradores da região. Nos últimos anos, a fabricação de tratores e equipamentos para a agricultura de precisão substituiu a pecuária como principal atividade econômica de Não-Me-Toque.

Hoje, praticamente não há mais mão de obra disponível no município. Entre 2000 e 2010, a taxa de desocupação na cidade passou de 8,3% para 2,46% da população.

Como Não-Me-Toque se aproxima do pleno emprego, a solução foi trazer trabalhadores de cidades vizinhas.

Isso deu à cidade uma situação peculiar: o comércio, por exemplo, é muito mais variado do que o de cidades de porte similar. Ao mesmo tempo, preço dos imóveis subiu mais rápido aqui do que no restante da região, como reclamaram moradores em conversas com a equipe da Expedição VEJA.

O ônibus da Expedição VEJA está parado na praça central da cidade, um espaço arborizado que, nos fins de semana, é frequentado principalmente por mães que levam seus filhos para brincar em parquinhos bem conservados.

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