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Personal trainer de Gabriel Chalita era ‘laranja’, diz delator

Alexandre de Freitas foi contratado como assessor da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, com um salário de R$ 10 mil

Por Da Redação
7 mar 2013, 09h12

Em novo depoimento ao Ministério Público, o analista de sistemas Roberto Grobman afirmou que o deputado Gabriel Chalita (PMDB) determinou a contratação de seu personal trainer para um cargo de confiança no governo paulista quando o parlamentar foi secretário de Educação do estado, entre 2002 e 2006.

O educador físico Alexandre Eduardo de Freitas foi contratado em abril de 2004 como assessor da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), com um salário de 10 000 reais, e foi sócio da Editoras Associadas do Brasil, até janeiro de 2005. Segundo o denunciante, a empresa era usada como laranja pelo grupo COC para manipular licitações da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

Grobman disse à Promotoria que Alexandre trabalhava na academia Bio Ritmo antes de ser contratado pelo governo paulista. Segundo o denunciante, ele “não comparecia regularmente à Secretaria de Estado da Educação” depois que foi contratado.”Como Alexandre recebia da Secretaria de Educação e da FDE, Chalita não pagava os honorários pelos serviços prestados como personal trainer”, disse.

Grobman alega que a Editoras Associadas do Brasil participava dos processos de contratação do governo paulista e apresentava preços altos para induzir a FDE a comprar produtos de outras empresas ligadas ao grupo COC. Entre os anos de 2004 e 2006, a Interactive firmou três contratos para fornecer softwares educacionais para a FDE, no valor total de 3,75 milhões de reais. A Editora COC foi contratada em 2004 para vender 7.000 “cadernos digitais” por 1 milhão de reais.

A Editoras Associadas, onde o personal trainer havia trabalhado, também foi contratada pela FDE. Seis meses depois que Alexandre deixou o governo, em janeiro de 2006, a fundação assinou um contrato de 2,45 milhões de reais com a empresa para a aquisição de softwares educacionais.

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Alexandre trabalhou na FDE entre 2 de abril de 2004 e 8 de junho de 2005, com a responsabilidade de desenvolver um programa de qualidade de vida para funcionários da Secretaria de Educação. À época da rescisão de seu contrato, seu salário era de 10.629,64 reais.O grupo Bio Ritmo confirmou que Alexandre foi diretor técnico da rede até outubro de 2003.

A assessoria de Chalita informou que Alexandre não era personal trainer do deputado, negou a suspeita de favorecimento e disse acreditar na apuração correta do Ministério Público. Alexandre de Freitas não foi encontrado para comentar as declarações de Grobman.

Nesta terça-feira, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo negou o arquivamento de dois inquéritos instaurados pela Promotoria do Patrimônio Público e Social que investigam os supostos casos de corrupção envolvendo Chalita. O primeiro recurso era justamente sobre as denúncia feitas por Grobman. O segundo gira em torno do envolvimento do peemedebista em irregularidades no contrato feito pela FDE na compra de equipamentos. Mesmo com todas as acusações, o deputado foi eleito nesta quarta presidente da Comissão de Educação da Câmara.

(Com Estadão Conteúdo)

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