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Peritos brasileiros vão à Antártida investigar incêndio em base

Doze militares permanecem no Grupo-Base da Marinha à espera dos técnicos

Por Luís Bulcão
27 fev 2012, 00h42

O técnico projetista Rogério de Paula Gomes mal teve tempo de fazer a mala. Recebeu uma ligação às 20h deste domingo e partiu rumo à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador. Ele foi chamado para fazer parte da equipe de perícia que vai tentar descobrir as causas do incêndio na estação brasileira na Antártida. Integrante do Arsenal de Marinha, que é responsável pela manutenção da estação, Rogério afirmou que ainda não é possível saber o que provocou o fogo.

“Ainda não sei o que pode ter acontecido. Todas as informações que recebi até agora foram através da imprensa”, disse, antes de entrar na área reservada da Base Aérea. Sua esposa, Márcia Silva Alves Gomes, 47 anos, teve que se despedir rapidamente. Ela se diz apreensiva com a urgência da viagem que ainda não tem data de retorno marcada: “É um momento difícil. Na Antártida, todos têm um convívio familiar. Somos muito próximos e estamos muito tristes com o que aconteceu”, disse. Ela conta que o marido conhecia o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, que morreu no incêndio. Segundo ela, Rogério e o militar foram colegas em um curso de formação em São Paulo, além de conviverem na Antártida.

Márcia conta que a comunicação era difícil nas primeiras viagens que Rogério fez à Estação Comandante Ferraz, mas que recentemente a estação já era equipada com telefone e internet. Dessa vez, Márcia ainda não sabe como vai ser. “Tudo é imprevisível na Antártida. Tudo depende das condições climáticas, que mudam muito rápido lá”, afirma.

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O avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB), que traz 45 brasileiros que estavam na estação quando ocorreu o incêndio, está previsto para aterrissar à 1h20 no Rio de Janeiro. Ele deixou a cidade chilena de Punta Arenas às 15h55 (horário de Brasília) e fez uma escala em Pelotas, onde desembarcaram quatro pesquisadores. O avião também traz o primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, que se feriu durante o incêndio. Os corpos dos militares mortos foram removidos para a base chilena Eduardo Frei, na Antártica, e devem ser transportados para Punta Arenas quando as condições climáticas permitirem.

Doze integrantes do Grupo-Base da Marinha permanecem na Antártida aguardando os peritos.

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