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Paulo Bernardo presta depoimento na Operação Custo Brasil

Preso ontem, o ex-ministro foi ouvido na 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo. Juiz deve decidir sobre manutenção da prisão preventiva do petista na segunda-feira, após oitiva de advogado envolvido no esquema de corrupção no Ministério do Planejamento

Por Da Redação
24 jun 2016, 19h24

O ex-ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma Rousseff Paulo Bernardo, preso ontem na Operação Custo Brasil, prestou depoimento nesta sexta-feira na 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo. Ele negou envolvimento no esquema de corrupção que desviou cerca de 100 milhões de reais em um contrato de gestão de empréstimos consignados de servidores do Ministério do Planejamento durante sua gestão na pasta. Além de Bernardo, depuseram hoje os outros oito presos na operação.

A investigação aponta que “PB”, como o ex-ministro é conhecido, foi o destinatário de 85% de um repasse de 7.170.031,74 reais do esquema ao escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que prestava assessoria jurídica às campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-RR), mulher de Bernardo. O valor recebido por Bernardo, cerca de 6 milhões de reais, foi destinado a pagar despesas do ex-ministro, como, por exemplo, a renumeração de um assessor, do motorista e do próprio advogado.

Segundo a procuradoria, o acerto inicial era de que “PB” receberia 9,6% do total do faturamento da Consist. Quando ele deixou o Ministério do Planejamento, em 2011, para assumir o das Comunicações, a propina destinada a ele foi reduzida para 4,8%, e entre 2014 e 2015, para 2,9%.

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Após a audiência de Paulo Bernardo nesta sexta-feira, a defesa dele afirmou, por meio de nota, que “demonstrou a completa desnecessidade da medida extrema que foi decretada em desfavor de Paulo Bernardo”. Segundo os advogados Rodrigo Mudrovitsch, Veronica Stermann e Juliano Breda, “foi evidenciada a ausência de qualquer vinculação entre o ex-ministro e os fatos investigados. Também foi comprovado que não houve qualquer repasse de valores financeiros a Paulo Bernardo por parte de qualquer um dos investigados”.

Ainda de acordo com os advogados do ex-ministro petista, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo “manteve provisoriamente a prisão preventiva e adiantou que reavaliará seu posicionamento após a oitiva do sr. Guilherme Gonçalves, que deve ocorrer na segunda feira”.

(da redação)

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