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Pastor Marcos Pereira retira denúncia contra líder do AfroReggae

Religioso recuou de ação contra José Júnior quatro dias antes de prédio da ONG ser incendiado no Complexo do Alemão; VEJA revelou que tráfico expulsou grupo do morro

Por Leslie Leitão 20 jul 2013, 20h17

Quatros dias antes de um incêndio destruir a sede do AfroReggae no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, e uma semana antes de traficantes expulsarem o grupo da favela, como revelou a edição desta semana de VEJA, o pastor Marcos Pereira – denunciado pelo grupo e preso sob acusação de estupro e vínculo com tráfico – retirou da Justiça uma ação que movia contra o coordenador da ONG, José Júnior.

Documento obtido por VEJA mostra que os advogados de Marcos Pereira requisitaram à 24ª Vara Cível do Rio que o pedido de indenização por danos morais contra José Júnior fosse “extinto sem apreciação do mérito”. De acordo com os advogados de Pereira, o pastor vai também desistir de outras ações protocoladas contra Júnior.

O documento foi entregue à Justiça no dia 12. Quatro dias depois, um incêndio até agora não explicado destruiu as partes do prédio onde a ONG mantinha o jornal Voz da Comunidade e pretendia inaugurar uma pousada. A Polícia Civil investiga o caso e prendeu uma pessoa suspeita, que teve queimaduras por causa do fogo. Em seguida, vieram as ameaças de uma chacina no Alemão, caso a ONG não saísse do morro.

Em entrevista coletiva neste sábado, José Júnior vinculou o pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias às ameaças que levaram ao encerramento das atividades do AfroReggae: “Ele atua como conselheiro do tráfico”.

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Pelo Twitter, José Júnior disse que encontrou na sexta-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das ameaças. “Não dá para deixar assassinarem inocentes”, escreveu.

Prisão – Marcos Pereira está preso desde maio. Ele comandava a igreja evangélica em São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense, onde é acusado abusar de mulheres e menores de idade. O pastor também está sendo investigado por homicídio. Ele chegou a trabalhar em parceira com o AfroReggae e fazia evangelização em presídios do Rio.

No ano passado, Júnior denunciou o pastor por ligação com o tráfico e por estar implicado em ataques de facções criminosas no Rio, em 2006 e 2010. Pereira sempre negou as acusações e entrou na Justiça contra José Júnior.

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O jornal Voz da Comunidade deve passar a funcionar no Morro do Adeus, segundo publicou no Twitter o editor Rene Silva Santos. Por enquanto, os colaboradores vão trabalhar de casa.

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