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Passageiros protestam contra aumento de mais de 60% na tarifa das barcas

A partir de sábado, bilhete passará de 2,80 reais para 4,50 reais. Justiça do Rio concedeu liminar proibindo integrantes do PSOL-RJ de participarem das manifestações contra o reajuste

Por Rafael Lemos
1 mar 2012, 18h01

A revolta com o aumento de 60,7% no preço do bilhete das Barcas S/A, de 2,80 reais para 4,50 reais, levou os passageiros a organizarem uma série de manifestações. Na manhã desta quinta-feira, cerca de 300 pessoas se reuniram em frente à Estação Arariboia, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O grupo voltou a protestar no fim da tarde, a partir das 17h, na estação da Praça XV, no Centro do Rio.

A entrada em vigor da nova tarifa estava prevista para esta quinta-feira, mas foi transferida para o sábado. Segundo o governo do estado, o adiamento foi para dar mais tempo para a população se cadastrar no cartão do Bilhete Único, através do qual o trajeto Rio-Niterói sairá por 3,10 reais. A medida reduz o risco de tumulto em grandes proporções, já que o fluxo de passageiros é bem menor no fim de semana.

Atentos à manobra, os manifestantes prometem novos protestos para o sábado e também para a segunda-feira, primeiro dia útil da nova tarifa.

Ontem, a Justiça do Rio concedeu uma liminar às Barcas S/A que proibia o PSOL-RJ de participar das manifestações programadas para esta quinta-feira. A multa prevista em caso de descumprimento é de 5 milhões de reais. De acordo com a decisão, a empresa alegou que o partido estaria organizando e incitando a população, inclusive através da internet, a depredar seu patrimônio como forma de reação ao aumento do valor bilhete.

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“É direito, e mesmo dever, de todo e qualquer cidadão, exigir a melhoria dos transportes públicos, cobrando das autoridades. Dessa forma, a despeito de ser legítima e até mesmo justificada a cobrança intensa na busca da qualificação dos transportes públicos e, da mesma forma, legal e válida a manifestação de populares e partidos políticos, inaceitável se torna qualquer ato de agressão aos direitos alheios e, principalmente, colocar em risco a integridade física dos passageiros e funcionários e o patrimônio da ré”, justificou o juiz Mauro Nicolau Júnior, da 48ª Vara Cível da Capital.

Pelo Twitter, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) criticou a decisão do magistrado e prometeu articular uma reunião entre parlamentares do partido e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio.

“Querem responsabilizar um partido, quando a insatisfação é generalizada em toda sociedade contra as Barcas S/A. Essa decisão da justiça de proibir o ato contra as Barcas S/A é um atentado contra a democracia. O TJ tem que se pronunciar. Amanhã (quinta-feira) vou procurar o presidente do Tribunal de Justiça e solicitar que receba os parlamentares do PSOL ainda essa semana”, escreveu Freixo.

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