Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para PF, dinheiro apreendido no Pará compraria votos

PF investiga se o dinheiro apreendido em Parauapebas era para comprar votos

Por Da Redação
3 out 2012, 20h11

A Polícia Federal de Marabá investiga “fortes indícios” de que o dinheiro apreendido nesta terça-feira dentro de um avião monomotor no aeroporto de Carajás, em Parauapebas, no sudeste do Pará, seria usado na compra de votos na eleição do próximo domingo. No total, foram apreendidos 1,1 milhão de reais.

As investigações estão concentradas principalmente nas informações repassadas pelo juiz eleitoral Líbio Moura. A operação foi montada pela PF a partir de uma denúncia anônima recebida no final da semana passada pelo magistrado. Com o dinheiro apreendido, foram detidos um casal e o piloto da aeronave. O trio conduzia três mochilas abarrotadas de dinheiro.

Em depoimento ao delegado Antonio Carlos Beaubrumo, responsável pelas investigações, Rosangela Noronha Machado Braga, 36 anos, e o marido, Agnaldo Correia Braga, 37, disseram que estavam “prestando um favor” a um amigo ao levarem o dinheiro de Belém, onde foi sacado, para Parauapebas. Já o piloto, Lucas Silva Chaparra, 32, declarou que apenas conduzia a aeronave e não forneceu detalhes sobre a origem ou a quem se destinavam os valores.

O empresário João Vicente, proprietário da White Tratores, que presta serviços à prefeitura de Parauapebas, reafirmou que o dinheiro é dele e serviria para pagar funcionários de sua empresa. Durante a conversa, admitiu ter sido procurado por políticos que disputam a prefeitura para que “trocasse cheques”, mas que não chegou a realizar a transação. Vicente não revelou o nome dos supostos candidatos.

Ele informou que seus advogados estão reunindo “provas” para demonstrar que o dinheiro teria origem lícita e pedir a sua devolução. Por ordem de Moura, os valores foram apreendidos e depositados em um conta do Banco do Brasil à disposição da Justiça.

Continua após a publicidade

Para o juiz, seria “prematuro, precipitado e leviano” afirmar a quem seria destinado o dinheiro enquanto as investigações não forem concluídas pela PF. “Este dinheiro pode ser para milhares de coisas, pode ser um dinheiro lícito, então ninguém pode tirar conclusão alguma”, resumiu Moura. O piloto e o casal não chegaram a ser presos, segundo a PF. Depois de prestar depoimento eles foram liberados.

Beaubrum devolveu o avião apreendido ao empresário João Vicente, porque no aeroporto de Carajás não existe hangar para que ele ficasse recolhido à disposição da justiça. A devolução não prejudica as investigações, na avaliação da PF.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.