Operação na Petrobras justifica CPI, diz oposição
Operação da Polícia Federal de combate à lavagem de dinheiro realizou apreensão de documentos na presidência da estatal de petróleo
A segunda etapa da Operação Lava-Jato da Polícia Federal atingiu em cheio a estratégia do governo de barrar as investigações sobre a Petrobras. Enquanto o Palácio do Planalto tenta impedir a abertura de uma CPI no Congresso, os agentes realizaram nesta sexta-feira buscas na presidência da estatal. Para parlamentares de oposição, a operação reforça a necessidade de que a companhia passe por um pente-fino.
A PF procura contratos firmados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em março. A suspeita é que ele tenha recebido propina para favorecer fornecedores e prestadores de serviço. “A impressão clara é que a Petrobras foi sucateada por operações financeiras para bancar eleições, partidos e políticos. Eles precisavam de um operador, acharam, e as fraudes estão cada vez mais evidentes”, disse o vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT). “Não tenho dúvidas de que o caso da Petrobras não é um debate político. Ela é, de fato, um caso de polícia.”
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A operação na gigante brasileira, para a oposição, também atinge a credibilidade do país e de suas companhias. “A imagem da Petrobras já está bastante desgastada com a perda de posições importantes no ranking das maiores empresas. Agora, quando se descobre que a situação da empresa não é apenas resultado de incompetência administrativa, mas de corrupção, o Brasil fica em uma situação vexatória”, afirmou o deputado Nilson Leitão.