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Para advogado de Bruno, carta é apenas o fim do ‘romance’ com Macarrão

Acusação pretende anexar ao processo uma cópia do manuscrito em que Bruno propõe o "plano B" para os acusados. Defensor do goleiro prefere acreditar que "amor homossexual" levou Macarrão a cometer o crime

Por Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
9 jul 2012, 11h57

A carta escrita pelo goleiro Bruno Fernandes para o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, revelada por VEJA, será anexada ao processo como prova contra o jogador. Na manhã desta segunda-feira, o advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa a sitiante Sônia de Fátima Moura e atua junto ao Ministério Público de Minas Gerais, pretende solicitar à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) uma cópia do manuscrito. A carta, com assinatura de Bruno – submetida a dois peritos, que atestaram a autenticidade da firma – fala de um “plano B” para os acusados. O objetivo seria fazer com que Macarrão assumisse a responsabilidade por toda a trama macabra do assassinato de Eliza, livrando o jogador da prisão. O atleta, por sua vez, assumiria todas as despesas de seu secretário, incluindo o sustento familiar e os honorários dos advogados.

José Arteiro disse ao site de VEJA esta manhã que a cópia da carta será anexada ao processo que encontra-se no Tribunal de Júri de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. “Esta é mais uma prova que ajuda a desmascarar todos os envolvidos no assassinato cruel da Eliza. Eles pensaram que iriam enganar a Justiça e ficar impunes, mas estão atolados até o pescoço. Os advogados de defesa estão se articulando na tentativa de fazer de Bruno um bom moço e do Macarrão um monstro, que agiu sozinho, em nome de um amor homossexual”, afirmou Arteiro.

A versão sobre o “amor homossexual” entre Bruno e Macarrão é, para Arteiro, um jogo de cena. Isso ajudaria a sustentar a tese de que Macarrão agiu sozinho, sem que Bruno tivesse noção do que se passava com Eliza – apesar de ela ter ficado em um cativeiro no sítio do atleta, em Esmeraldas.

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Já para a defesa de Bruno, o romance entre o ex-goleiro do Flamengo e seu braço direito é uma hipótese cada vez mais consistente – ou pelo menos uma versão mais interessante do que a de “plano B” para livrar o jogador. O advogado de Bruno, Rui Pimenta Caldas, agendou para o início da tarde uma visita ao goleiro, na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, onde o réu aguarda julgamento há dois anos. Pimenta vai levar um exemplar de VEJA com a reportagem e o teor da carta, para ouvir a versão de Bruno. Pimenta, mesmo ciente do exame dos peritos, diz querer “certificar-se” sobre a autenticidade do manuscrito.

Para o representante do goleiro, Pimenta, o teor da carta está mais para um término de um relacionamento amoroso entre eles. Desde que assumiu a defesa do goleiro, em janeiro deste ano, Pimenta mudou toda a estratégia que foi traçada pelos advogados anteriores, Ércio Quaresma e Cláudio Dalledone Júnior. Foi Pimenta o primeiro advogado de Bruno a afirmar que Eliza foi mesmo assassinada. Ele, no entanto, tenta sustentar a versão de que o crime foi planejado por Macarrão e que a motivação seria o amor por Bruno, além de ciúmes e ódio que o funcionário nutria por Eliza.

Pimenta disse que também vai solicitar ao TJMG de Contagem que uma cópia do documento para que seja anexada ao processo. “Acredito que tudo isso não passa de um plano de alguém interessado em prejudicar o Bruno. Vou usar a carta e a matéria publicada na revista para provar minha argumentação perante a Justiça”, disse.

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