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Paes: ‘Menor que matou ciclista sabia da impunidade’

A empresários, prefeito do Rio admite falhas em policiamento na Zona Sul, mas argumenta que família de jovem suspeito tinha assistência do governo

Por Nicole Fusco
26 Maio 2015, 13h10

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse nesta terça-feira que o menor H.A.S, de 16 anos, suspeito de matar a facadas o médico e ciclista Jaime Gold, de 57 anos, tinha “certeza da impunidade”. Paes participou de um seminário em São Paulo com empresários sobre as Olimpíadas de 2016. Durante o encontro, o prefeito carioca argumentou que a família do adolescente, morador da Favela de Manguinhos, não era totalmente desassistida pelo Estado. Paes também admitiu que o policiamento no local do crime, a Lagoa Rodrigo de Freitas, bairro nobre da Zona Sul, é falho.

“O Brasil acostumou-se com o discurso de que tudo se justifica pelo problema social. A Lagoa Rodrigo de Freitas é bem iluminada, bem conservada, limpa, mas não tem policiamento. O que o sujeito tem é a certeza da impunidade”, disse Paes. “Ele estava esfaqueando os outros. Como se trata um sujeito desses? Falta presença do Estado, de policiamento para esse moleque, que é um bandido, que estava roubando, estava esfaqueando os outros com um grau de violência assustador.”

Segundo o prefeito, a família de H.A.S, recebia assistência do Estado, mas o menor já havia sido apreendido em instituições para infratores treze vezes antes do ataque ao ciclista. “A mãe dele tinha um apartamento do Minha Casa, Minha Vida. O moleque estudou a vida inteira em escola municipal, mas a mãe, que recebia o Bolsa Família, perdeu [o benefício] porque o menino deixou de frequentar a escola. Então, eu não acho que o Estado brasileiro estava totalmente ausente. Ele pode não ter sido efetivo, mas quando ele não é tão efetivo precisa de polícia para que o criminoso tenha certeza de que vai sofrer algum tipo de sanção.”

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Olimpíadas – Durante o seminário, o prefeito criticou a Copa do Mundo do Brasil, realizada no ano passado. “O país precisa entender o que quer dizer essas Olimpíadas, porque certamente não entendeu o que era a Copa do Mundo. Na minha opinião, foi uma oportunidade perdida”, disse. “Esse estereótipo positivo nós já temos. Mas o que o setor empresarial brasileiro aproveitou para passar uma imagem diferenciada do capitalismo brasileiro? Será que ficamos marcados como uma republiqueta de bananas na qual todo mundo superfatura estádios e termina obras fora do prazo ou será que ficamos marcados como um país que constrói as coisas no prazo, com custos estabelecidos na origem?”, questionou.

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