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Oposição quer contadora de Youssef na CPMI da Petrobras

Meire Poza relatou a VEJA detalhes da operação do doleiro, que atuou em parceria com parlamentares e arrecadava recursos de prefeituras petistas

Por Gabriel Castro, de Brasília
9 ago 2014, 12h49

A oposição quer que Meire Poza, a contadora de Alberto Yousseff, compareça à CPMI da Petrobras e à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para falar sobre as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Meire revela detalhes do esquema de propina em reportagem publicada por VEJA nesta semana.

A contadora confirma que parlamentares como o deputado André Vargas (PT-PR) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) se aliaram ao doleiro em um esquema de lavagem de dinheiro que tinha prefeituras petistas como uma de suas principais fontes de recursos. Ela também relatou como empreiteiras que mantém contrato com estatais e órgãos públicos repassavam dinheiro para o esquema.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), diz que o partido vai apresentar os requerimentos na próxima semana, em conjunto com os outros partidos da oposição. O partido promete tratar o tema como prioridade. “É uma testemunha-bomba que atesta todas as evidências, muito claras, do envolvimento de Youssef com a Petrobras, parlamentares e personagens importantes do governo federal”, diz Mendonça Filho.

O PPS também cobra que a contadora seja ouvida pelo Congresso. “Esta mulher conheceu, como poucos, a arquitetura e a operação do sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu 10 bilhões de reais”, diz o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), que também integra a CPMI.

Em VEJA desta semana:

Contadora do doleiro Youssef desnuda seu esquema de pagamento de propina

A Câmara dos Deputados faz um esforço concentrado na primeira semana de setembro, quando os parlamentares poderiam tomar o depoimento da contadora na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Já a CPMI da Petrobras não teve os trabalhos interrompidos durante o período eleitoral e, em tese, poderia ouvir Meire Poza antes disso. O presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), calcula que a contadora pode ser ouvida daqui a três semanas: “Temos depoimentos marcados para as duas próximas semanas. Se o requerimento for apresentado, será votado como qualquer outro”, afirma.

Na Comissão de Fiscalização Financeira, Meire não seria obrigada a comparecer. Já na CPI, em tese, é possível aprovar até mesmo um requerimento de convocação. Nesse caso, a presença dela seria compulsória. O doleiro Alberto Youssef foi preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele era figura central em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro abastecido com recursos públicos desviados.

Três políticos no bolso de Youssef

Deputado André Vargas (sem partido) – “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento”
Deputado André Vargas (sem partido) – “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento” (VEJA)
“O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento”

Deputado André Vargas (sem partido)

Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu”
Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu” (VEJA)
“O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu”

Senador Fernando Collor (PTB)

Deputado Cândido Vacarezza (PT) – “O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins”
Deputado Cândido Vacarezza (PT) – “O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins” (VEJA)
“O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins”

Deputado Cândido Vacarezza (PT)

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