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Oposição protocola pedido de nova CPI da Petrobras

Comissão dessa vez é exclusiva da Câmara dos Deputados e recebeu apoio de dezessete partiso, inclusive de parlamentares da base do governo

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 fev 2015, 22h39

Com 186 assinaturas, a oposição protocolou na noite desta terça-feira o pedido de instalação de uma nova CPI da Petrobras, dessa vez exclusiva da Câmara dos Deputados. O requerimento recebeu o apoio de dezessete partidos – e teve a adesão inclusive de parlamentares da base do governo.

A maior quantidade de votos foi colhida pelo PSDB: obteve 53 assinaturas, apenas uma a menos de toda a bancada na Casa, seguido pelo PSB (25), DEM (21) e PDT (15) – este último que, aliás, é aliado da presidente Dilma e comanda o Ministério do Trabalho. Representantes do PMDB, Solidariedade, PSOL, PTB, PV, PRB, PROS, PSC, PSD, PHS, PP, PPS e PR também apoiaram uma nova investigação em torno das denúncias de corrupção na Petrobras.

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Agora, para entrar em vigor, a criação da comissão de inquérito precisa ser lida em plenário pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que durante a campanha ao comando da Casa se disse favorável à investigação.

Diferentemente da última comissão de inquérito, que reuniu tanto deputados quanto senadores e permitiu ao governo impedir o avanço da investigação, a que foi protocolada nesta noite é exclusiva da Câmara dos Deputados. “A Casa está rebelde. A rebeldia agora tomou conta”, justificou o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). O líder do DEM disse que a oposição ainda analisa se vai buscar assinaturas entre os senadores para criar também uma CPI mista.

Manobra governista – A oposição constatou uma manobra do governo para apresentar uma lista com diversos pedidos de CPI e, dessa forma, ultrapassar o limite de cinco comissões simultâneas em funcionamento. Por isso, os deputados aceleraram nesta terça a coleta das assinaturas e protocolaram assim que ultrapassaram o mínimo exigido, que é de 171 apoios.

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O pedido de uma nova CPI se dá no momento em que o governo, enfim, decide trocar todo ocomando da Petrobras após o escândalo varrer para o centro das denúncias chefes das principais diretorias da estatal. A presidente Graça Foster reuniu-se nesta tarde com Dilma Rousseff para acertar como será a saída. A troca deve ser oficializada somente em março. Ao protocolarem o pedido de instalação, os deputados brincavam: “Isso é em homenagem a Graça Foster”.

Para justificar o novo pedido, os deputados alegaram que a última CPI que investigou a Petrobras teve “vários obstáculos colocados pelo governo” e que há “outros fatos relevantes que ficaram pendentes de investigação”, como os indícios de superfaturamento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Comandada pelo Planalto, a comissão de inquérito encerrada em dezembro não apurou as denúncias de corrupção na estatal e o relatório final, elaborado pelo petista Marco Maia (RS), apenas pediu o indiciamento de pessoas já investidas pelo Ministério Público, como o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, poupando os políticos que se beneficiaram do esquema de corrupção.

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