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Onda de lama alcança 10 quilômetros no mar; 3 praias são interditadas

Faixa no litoral do Espírito Santo atingida pelos resíduos tem 40 quilômetros de largura. Bombeiros continuam com dificuldades as buscas por desaparecidos, em Mariana (MG)

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2015, 17h30

A onda de lama que vazou da barragem da Samarco no dia 5 de novembro já avançou sobre uma faixa 10 quilômetros de comprimento e 40 de largura do litoral capixaba, segundo cálculos do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) do Espírito Santo. Técnicos do órgão sobrevoaram a região na manhã desta segunda-feira. A lama formada por resíduos de mineração alcançou o mar no sábado, na altura da cidade de Linhares (ES). A mancha de barro, no entanto, ficou mais espessa neste domingo, conforme é possível ver em fotos aéreas do local.

Três praias da região – Regência, Povoação e Pontal do Ipiral – foram interditadas pela prefeitura do município. Nelas, foram instaladas placas avisando moradores e turistas que elas estão temporariamente impróprias para banho. Segundo a assessoria da prefeitura, os resultados sobre a qualidade da água devem sair nos próximos dias.

A cerca de 500 quilômetros dali, em Mariana, no interior de Minas Gerais, onde se situava a barragem que se rompeu, equipes do Corpo de Bombeiros continuavam as buscas por onze pessoas desaparecidas. Até agora, doze corpos foram encontrados – quatro ainda aguardam identificação.

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Devido a reclamações de familiares pela demora em achar os desaparecidos, os bombeiros informaram hoje como têm trabalhado para encontrá-los. Com informações de familiares, mapas e GPS, as equipes traçam um caminho provável por onde as pessoas podem ter sido arrastadas. Nesse trajeto, eles vão afundando bastões na lama até detectar algum tipo de material sólido. Se alguma casa ou veículo é localizado, retroescavadeiras são acionadas. Os buracos na lama também servem para os animais encontrarem as vítimas pelo faro. Segundo a corporação, um grupo de seis bombeiros têm percorrido diariamente uma extensão de 15 quilômetros. “O terreno é perigoso e ainda apresenta muitos riscos e, por isso, precisamos ter um controle rigoroso sobre a quantidade de bombeiros que trabalham sob esse risco para garantir a segurança dos militares”, afirmou o tenente Leonard Farah, em nota.

Desculpas – O presidente da Samarco, responsável pela barragem que ruiu, Ricardo Vescovi, pediu desculpas em entrevista ao programa Fantástico, exibido pela Rede Globo neste domingo. A sua fala se deu depois de o diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, Kleber Guerra, dizer que “não é o caso de pedir desculpas” em relação ao desastre. “Nós não sabemos as causas do que aconteceu, mas nós sabemos as consequências. Em relação a isso, eu acho muito importante a gente se desculpar com as pessoas que foram atingidas, com as famílias dessas pessoas, com os ribeirinhos, os pescadores que têm no rio a sua fonte de sustento, se desculpar com a cidade, com a população de Minas Gerais, com a população do Espírito Santo, com os nossos funcionários”, disse o presidente.

Além de soterrar vilarejos em Minas Gerais, a lama alcançou a Bacia do Rio Doce, uma das mais importantes do país em termos de biodiversidade. Especialistas e autoridades já dizem que este é o maior desastre ambiental do país.

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