Ocupação obriga funcionários a mudar local de trabalho

Trabalhadores do prédio tomado por manifestantes desde quinta-feira foram reacomodados. Alunos planejam passeata em frente à reitoria nesta segunda

Por Bruno Abbud
31 out 2011, 13h27

Protesto de estudantes da USP após três alunos serem presos por fumarem maconha (Zanone Fraissat/Folhapress/VEJA)

Nesta segunda-feira, os funcionários que costumam cumprir expediente no prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), ocupado por manifestantes desde a noite de quinta-feira, 27, tiveram de ser reacomodados. Os invasores continuam acampados no edifício.

Os setores de Manutenção, Diretoria e Serviço de Pós-Graduação da FFLCH, entre outros órgãos, estão funcionando em salas espalhadas pelos outros quatro prédios da faculdade. De acordo com a universidade, os trabalhos desenvolvidos foram prejudicados.

O prédio foi invadido por manifestantes revoltados com a detenção de três alunos flagrados pela Polícia Militar (PM) com maconha. O espaço, que agora esta tomado por faixas de protesto e invasores encapuzados, também costuma abrigar as cerimônias de defesa de mestrados e doutorados. Nesta semana, a primeira apresentação será a de uma tese de mestrado sobre “romances brasileiros contemporâneos”, agendada para esta quinta-feira, às 14h, de acordo com o site da FFLCH.

As principais reivindicações dos manifestantes são o fim da atuação da PM no perímetro da Cidade Universitária e a extinção de processos internos contra alunos e funcionários. Nesta segunda-feira, às 18h, os manifestantes farão uma passeata em frente ao prédio da reitoria. De acordo com a assessoria do reitor João Grandino Rodas, a segurança não será reforçada no local e a rotina do setor não sofrerá qualquer modificação.

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