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O cartão amarelo do PMDB para Dilma Rousseff no Rio

Propaganda de Lindbergh na televisão irritou o comando peemedebista. Partido de Cabral avisa que não garante coesão no Rio em torno de Dilma em 2014 se PT lançar candidato

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 fev 2013, 15h41

O racha entre PT e PMDB estava anunciado no Rio de Janeiro. A surpresa da campanha antecipada no estado foi a troca de farpas e manifestações oficiais na segunda-feira, às vésperas de os candidatos dos dois lados – o vice-governador peemedebista Luiz Fernando Pezão e o senador petista Lindbergh Farias – começarem suas maratonas pelo interior. Na segunda-feira, o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, enviou uma carta sugerindo a intervenção da executiva nacional do PT no diretório estadual com o objetivo de impedir a existência de dois palanques em 2014 para Dilma Rousseff. Pelo cenário atual, os dois partidos, que caminharam juntos no governo do peemedebista Sérgio Cabral, quebrariam a aliança e concorreriam em campos diferentes. A carta do PMDB não foi bem recebida pelo PT.

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“Todas as nossas lideranças e, sobretudo, a nossa militância apoiam Pezão, um gestor experiente e capaz. Sua candidatura é inegociável – não há hipótese de ele não ser candidato. Por tudo isso, o cenário de palanque duplo para a presidenta Dilma não se sustenta. Trata-se de uma equação que não fecha e cujo resultado não será a soma, mas a subtração”, avisou Picciani, na nota. O texto será lido por Leonardo Picciani, filho do presidente estadual, na convenção de sábado do PMDB nacional.

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O recado é simples: se Lindbergh insistir na candidatura, Cabral poderá apoiar a reeleição de Dilma, mas os parlamentares peemedebistas estarão livres para tomar posicionamentos independentes. Ou seja, o trabalho de formiguinha dos candidatos do PMDB à Assembleia Legislativa do Rio e à Câmara, nos seus currais eleitorais, não precisará incluir o nome de Dilma. “Se houver dois palanques no Rio, é incontrolável manter a base do PMDB no estado. Não teremos garantia de que conseguiremos unir o partido no apoio à reeleição”, disse Leonardo Picciani, que se tornará o representante do Rio na executiva nacional da sigla.

Televisão – A carta é uma reação direta às inserções de Lindbergh na televisão na semana passada. Os peemedebistas acreditavam que o senador usaria o espaço para se apresentar, contar a trajetória como prefeito de Nova Iguaçu e a atuação no Congresso. O PMDB, no entanto, considerou que as aparições de Lindbergh o colocaram “no lado oposto”. Na TV, o petista falou como candidato e lançou o slogan: “Está chegando o melhor momento do Rio”. O histórico do político não foi abordado. E o tempo destinado a Lindbergh foi usado para dizer que é preciso “reduzir a distância que separa o Rio pobre do Rio rico”.

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“O PMDB fez um documento para a convenção deles. Podem estar com um tom mais forte, mas, por enquanto, é só um debate. Cada um tem a sua metodologia. Faz parte do jogo”, disse o presidente do PT-RJ, Jorge Florêncio, garantindo que o partido não deixará de lançar candidato em prol do PMDB.

A ideia inicial do partido e de Cabral era começar a campanha de Pezão aos poucos, com uma agenda intensa de inaugurações realizadas pelo vice-governador. Mas, diante do mergulho de Lindbegh na campanha, os peemedebistas também agiram. Nesta semana, o petista inicia as caravanas pelo estado – uma viagem sem passagem de volta para a aliança entre o PT e o PMDB no Rio.

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