Números de celulares de São Paulo poderão começar com 5

A mudança, anunciada pela Anatel nesta quarta-feira, facilitará o aumento de linhas telefônicas. Até 2012, números terão nove dígitos

Por Adriana Caitano
23 mar 2011, 14h53

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quarta-feira que as empresas de telefonia que atuam na região metropolitana de São Paulo poderão utilizar também o número 5 no início dos números de celulares vendidos. O objetivo, segundo a Anatel, é aumentar a quantidade de linhas telefônicas paulistas, que podiam começar somente com 6, 7, 8 e 9. A medida ampliará em até 6,9 milhões a capacidade de criação de novos números.

A possibilidade atenderá à alta demanda dos paulistas. O crescimento populacional da sexta maior cidade do mundo e maior da América Latina se reflete no consumo de seus moradores. Nos últimos dez anos, a população de São Paulo aumentou cerca de 8%, de 10,4 milhões para 11,2 milhões de pessoas, de acordo com o Censo do IBGE. Neste mês de março, a cidade alcançará a marca de 7 milhões de veículos e estão espalhados pela cidade 28 milhões de telefones celulares – são dois aparelhos e meio por habitante.

A capacidade atual de criação de números de telefonia móvel em São Paulo é de 37 milhões e em abril subirá para 43,9 milhões. Como o dígito 5 no prefixo já é utilizada em alguns números fixos, as operadoras deverão informar aos usuários para qual tipo de telefone ele está ligando. Ao discar o número, eles deverão ouvir a mensagem “chamada para celular “.

O dígito 5 na telefonia móvel, porém é apenas o primeiro passo para a ampliação dessa capacidade. Uma resolução da Anatel publicada no Diário Oficial da União em dezembro do ano passado determina que todos os números de celulares do país terão nove dígitos. A única cidade, porém, que tem prazo para a mudança é São Paulo – 31 de dezembro de 2012. Até lá, a capital passará por uma adequação da rede de telefonia.