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Novo ministro das Cidades: trajetória meteórica em Brasília

Estimulado pela pai, Aguinaldo Ribeiro entrou cedo para a política. Ele já começa tendo de explicar favorecimento à irmã na liberação de emendas

Por Da Redação
2 fev 2012, 15h45

Vem do sertão paraibano o novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), que irá substituir o baiano Mário Negromonte, do mesmo partido. Negromonte deixou o cargo nesta quinta-feira depois de seis meses na corda bamba. Nascido em Campina Grande, Ribeiro, de 42 anos, teve uma trajetória meteórica desde que desembarcou em Brasília, há pouco mais de um ano. Deputado federal em primeiro mandato, assumiu a liderança do partido na Câmara em agosto e, na iminência da saída de Negromonte, viu o seu nome ser o único a conseguir unir os progressistas em torno da indicação da legenda para a pasta.

Ribeiro nasceu em uma família de políticos da Paraíba, que sempre tiveram Campina Grande como curral eleitoral. O pai, Enivaldo Ribeiro, presidente estadual do PP na Paraíba, governou a cidade de 1977 a 1983 e foi deputado constituinte entre 1987 e 1991. A mãe, Virgínia Velloso Borges, é prefeita de Pilar, também no sertão paraibano. A irmã Daniella Ribeiro é deputada estadual e pré-candidata à prefeitura de Campina Grande.

Estimulado pelo pai, Ribeiro começou cedo na política. Foi presidente do Comitê Jovem do PP e coordenou a campanha do pai à prefeitura de Campina Grande no final dos anos 1980. Seu primeiro cargo público foi a presidência da Companhia de Habitação e Planejamento de João Pessoa, em 1986, quando tinha 23 anos. Foi eleito deputado estadual três vezes consecutivas (1998, 2002 e 2006) e integrou o secretariado dos governos da Paraíba e de João Pessoa.

Em agosto do ano passado, o paraibano foi eleito líder da bancada do PP na Câmara para melhorar a relação do partido com a presidente Dilma Rousseff – em crise por causa das primeiras denúncias contra Negromonte. “Havia uma diferença interna. Agora daremos uma nova dinâmica, buscando a unidade do partido”, disse Ribeiro no discurso de posse referindo-se ao seu antecessor, Nelson Meurer (PP-PR), aliado de primeira hora de Negromonte.

Ele é considerado, em uma lista de sessenta nomes, o 55º parlamentar mais influente do Congresso, em levantamento realizado pelo Departamento Intersindical da Assessoria Parlamentar (Diap) em 2011. Ribeiro tem dois processos correndo contra si no Supremo Tribunal Federal (STF). Um é sobre a emissão de cheque sem fundo e o outro sobre um convênio firmado pela Secretaria de Agricultura da Paraíba, da qual foi titular de 1998 a 2002.

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O futuro líder do PP na Câmara deverá ser o deputado Arthur Lira (AL), indicado pelo grupo de Ribeiro. Isolado, Negromonte deve voltar para a Câmara, tirando o petista Emiliano José da Casa. No Ministério das Cidades, o paraibano assumirá um orçamento de 17,5 bilhões de reais e tocará projetos nas áreas de urbanização, habitação, saneamento e transportes.

Emendas – Ribeiro já chega ao posto tendo de se explicar. Segundo reportagem publicada na edição desta quinta-feira no jornal O Estado de S. Paulo, ele favoreceu no Orçamento de 2012 o curral eleitoral da irmã, a deputada estadual paraibana Daniella Ribeiro (PP).

Segundo colégio eleitoral do estado, sob forte influência política da família do ministro, a cidade foi contemplada com três emendas individuais do deputado, que somam 780 mil reais, para obras de saúde e educação. Duas delas destinam 450 mil reais do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para serviços em dois hospitais. A terceira, de 330 mil reais, é para a aquisição de equipamentos para o Centro de Humanidades da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Daniella é professora universitária.

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