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Novo ministro da Justiça foi acusado pela PF de atrapalhar investigações do mensalão

Por Da Redação 14 mar 2016, 20h37

Em fevereiro de 2015, VEJA revelou que o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em um dos mais evidentes arroubos como advogado dos interesses do PT e do governo, assumiu o papel de negociador com os empreiteiros envolvidos na Lava Jato, orientou a empreiteira UTC a não aceitar acordos de colaboração com a Justiça e afirmou a advogados que a operação da Polícia Federal – órgão ligado a sua pasta na época – mudaria de rumo logo no início daquele ano. Às vésperas de a Operação Lava Jato completar dois anos, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, fechou, sim, acordo de delação premiada e agora as investigações atingiram em cheio o ex-presidente Lula, ele próprio alvo da última fase das investigações, deflagrada no dia 4.

Sucessor de Cardozo depois da trapalhada na nomeação de Wellington César Lima e Silva, Aragão também é conhecido na Polícia Federal como um dos responsáveis por atuar para barrar as investigações de outro escândalo petista, o do mensalão. No final de 2005, quando o primeiro grande escândalo do governo Lula já batia às portas do Supremo Tribunal Federal (STF) com a autuação do inquérito do mensalão, um relatório da PF encaminhado ao então diretor-geral Paulo Lacerda e assinado, entre outros, pela delegada que atuava na Lava Jato Erika Marena, afirmava que Eugênio Aragão atuou junto ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, para convencer autoridades americanas a não repassar documentos da quebra do sigilo bancário da offshore Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, nos EUA.

Como pano de fundo para tentar barrar o envio de documentos, Aragão insinuou que policiais federais estariam por trás de vazamentos de informações de investigações com participação dos Estados Unidos. Em meio ao escândalo da compra da base aliada do primeiro mandato petista, em um depoimento revelador na CPI dos Correios, Duda Mendonça havia admitido que recebera 10,5 milhões de reais da campanha de Lula fora do país.

As suspeitas contra Eugênio Aragão acabaram no Conselho Superior do Ministério Público. O novo ministro, que agora será superior hierárquico da mesma Polícia Federal, sustentou na época que, no episódio envolvendo a remessa de documentos, atuou para que os papéis fossem enviados por canais formais e, com isso, não pudessem ser desconsiderados como provas. O caso de Aragão acabou arquivado.

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