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Novo comitê de Dilma ganha cerca contra mendigos

Segundo Administração Regional de Brasília, obra fere projeto urbanístico da capital e deve ser vetada pela agência de fiscalização no Distrito Federal

Por Adriano Ceolin, de Brasília
28 mar 2014, 15h14

Na manhã desta sexta-feira, foi instalada uma cerca na frente do prédio onde funcionará o comitê da campanha reeleitoral da presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Além de restringir a passagem de pedestres, o equipamento impedirá que mendigos durmam sob a marquise do edifício – fato corriqueiro no local nos últimos anos.

“Foi um pedido do pessoal do PT e do dono do prédio”, explicou um funcionário. Na parte térrea do prédio, onde estão as grades, irão funcionar doze salas para abrigar parte do staff da campanha. O PT também alugou o primeiro andar do prédio. No total, o partido vai usar 1.800 m² e terá direito a catorze vagas na garagem.

Tombada como patrimônio mundial da humanidade, Brasília mantém regras rigorosas para intervenções urbanísticas como a colocação de cercas no pilotis de prédios. Nos edifícios residenciais, o cercamento é proibido. Já para os edifícios comerciais pode haver autorizações específicas.

Para o ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan-DF), o arquiteto Alfredo Gastal, a cerca colocada no comitê do PT fere a legislação. “A meu juízo, é irregular. A não ser que tenha havido alguma autorização”, diz.

Segundo a assessoria de imprensa da Administração de Brasília, até então não havia existência de nenhuma autorização para construção de cerca no edifício onde funcionará o comitê de Dilma. O órgão ressaltou ainda que a intervenção deverá ser vetada pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).

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Oficialmente, a campanha presidencial só começa em julho. No entanto, equipes de comunicação já começaram a trabalhar e ficarão nas salas do novo comitê. O PT alugou o imóvel no começo deste mês. A sigla irá pagar cerca de 135.000 reais mensais pelo uso das salas.

Procurada por VEJA, a assessoria de imprensa do PT não quis se manifestar sobre as obras no comitê da campanha reeleitoral de Dilma. Em 2010, o principal comitê da candidata petista funcionou no Setor Comercial Sul, onde também fica localizado o Diretório Nacional do partido.

Acesso restrito – A restrição ao acesso à candidata foi uma das características da campanha do PT em 2010. Na sua primeira experiência eleitoral, Dilma evitava o contato direto com a imprensa e com a militância do partido. Nas entrevistas coletivas, ela usava um púlpito cercado para conceder entrevistas, atitude que mereceu críticas inclusive de petistas.

Após não liquidar a vitória no primeiro turno contra José Serra (PSDB), Dilma aposentou o púlpito e passou a ficar mais próxima tanto de jornalistas quanto de militantes.

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