Nível do Cantareira dobra. Mas não recupera 2º volume morto

Capacidade do manancial chegou a 10% nesta sexta, ao subir 0,5 ponto porcentual. Volume de chuvas na Grande SP está 34% superior à média

Por Da Redação
20 fev 2015, 10h28

Represa reserva Jaguari-Jacareí, em Joanópolis (SP), onde o Sistema Cantareira se manteve estável pelo segundo dia seguido. Segundo a Sabesp, o sistema opera com 5,1% da capacidade total na sua reserva técnica nesta terça-feira (27) (Luis Moura/Folhapress)

O nível do Sistema Cantareira continua em alta e, nesta sexta-feira, dobrou em relação ao primeiro dia deste mês. Segundo o boletim diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o reservatório subiu 0,5 ponto porcentual e atingiu a marca de 10% da capacidade – em 1º de fevereiro, o índice era exatamente a metade: 5%. Trata-se do 15º dia consecutivo de alta, em virtude das chuvas que caem sobre a região. O volume, contudo, ainda não foi suficiente para recuperar os 10,7% de água acrescentados ao manancial pela segunda cota do volume morto, em novembro do ano passado.

O cálculo da companhia leva em conta as duas cotas do volume morto, que é a água represada abaixo dos túneis de captação. A primeira, de 182,5 bilhões de litros de água, foi adicionada em maio; e a segunda, de 105 bilhões de litros, em outubro.

Em fevereiro a Grande São Paulo recebeu um volume de chuvas 34% superior à média histórica para o mês. Além da alta pluviosidade, outro fator que pode explicar o aumento dos reservatórios é a redução no volume de água retirada do sistema. Há um ano, a Sabesp captava do Cantareira 32.600 litros por segundo, quase 66% a mais do que é retirado hoje – cerca de 11.000 litros por segundo. Ainda assim, o rodízio no abastecimento não está descartado pelo governo do Estado.

Além do Cantareira, outros quatro mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo computaram aumento em seus reservatórios. Apenas o Sistema Rio Grande, que havia registrado alta de um ponto porcentual na quinta, se manteve estável em 83,9%. Após registrar pluviometria de 4,4 milímetros, o Alto Tietê subiu pelo 15° dia seguido e alcançou 17,8% da capacidade – número que já contabiliza um volume morto de 39,4 bilhões de litros. No dia anterior, o índice era de 17,2%. O Guarapiranga subiu 0,3 ponto porcentual, de 56,8% para 57,1%. E os sistemas Alto Cotia e Rio Claro tiveram um aumento de 0,4 e 0,2 ponto porcentual, chegando a 36,6% e 35%, respectivamente.

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(Com Estadão Conteúdo)