Natal recebe seu 1º jogo da Copa com greve de ônibus
Prefeitura coloca em prática 'plano B' a partir desta sexta; ponto facultativo deve reduzir estragos provocados pela paralisação
Natal recebe nesta sexta-feira seu primeiro jogo da Copa do Mundo – México e Camarões – com motoristas e cobradores de ônibus de braços cruzados. Em assembleia realizada na noite desta quinta, a categoria optou por manter a paralisação iniciada pela manhã. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte (TRT-RN) determinou na quinta-feira que a categoria mantenha no mínimo 70% da frota em funcionamento no horário de pico – das 5 horas às 9 horas e das 16 horas às 20 horas – e 50% fora dessa faixa. A multa em caso de descumprimento é de 100.000 reais por dia. Além da paralisação dos rodoviários, as chuvas também já causam transtorno nesta sexta.
Os rodoviários não aceitaram a tentativa de acordo feita com a intermediação do Ministério Público do Trabalho. Uma nova determinação judicial exige que a categoria mantenha nesta sexta um efetivo de 70% dos ônibus rodando no horário de pico (das 11h às 13h e das 17h às 19h). Na quinta-feira, o dia foi de transtorno para a população: paradas de ônibus lotadas, busca por transporte alternativo e muitos trabalhadores atrasados para o trabalho. Mesmo com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários garantindo que estava cumprindo a frota de emergência, equivalente a 30%, apenas 90 minutos depois do horário normal, às 6 horas, os primeiros ônibus começaram a fazer os trajetos na cidade.
A partir desta sexta, a prefeitura da cidade coloca em execução um ‘plano B’ para reduzir os efeitos da paralisação: autorização para que empresas de transporte escolar e veículos utilitários com dez lugares façam o transporte de passageiros. As autoridades esperam que os efeitos da greve ao longo do dia sejam reduzidos, já que foi decretado ponto facultativo pelo Estado e prefeitura em dias de jogos em Natal.
Às 13 horas, México enfrenta a seleção de Camarões na Arena das Dunas. Os times integram o grupo A, do Brasil.
(Com Estadão Conteúdo)