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Não será fácil tirar Pimentel da cadeira de ministro

Pelo menos por enquanto, Dilma Rousseff não cogita demitir amigo e pede empenho em sua defesa; os dois são amigos há mais de quatro décadas

Por Luciana Marques
8 dez 2011, 19h25

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, parece mesmo estar sendo blindado pelo Planalto. Envolto em uma crise por suspeita de tráfico de influência em contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, ele segue agenda normalmente e até viajará para Buenos Aires na comitiva presidencial nesta sexta-feira. Amigo de Dilma há mais de quarenta anos, o ministro faz parte da cota pessoal de indicações da presidente para cargos do governo. E não será tão fácil tirá-lo da cadeira de ministro.

Para um interlocutor do Planalto, a saída dele está fora de cogitação até agora. “A batata não está no forno”, disse. “Ele está tocando a vida, cuidando da sua defesa.” Ao menos essa é a recomendação da presidente Dilma. Ao contrário do que aconteceu com os ministros demitidos neste ano, que tiveram de dar explicações ao Congresso, o Panalto articulou para que a base aliada derrubasse a convocação de Pimentel na Câmara. O governo não quer que o ministro fique exposto demais em um depoimento, o que poderia dar munição aos oposicionistas.

Conduta – Os petistas também se esforçam em dar declarações favoráveis a Pimentel a fim de dar credibilidade à imagem do ministro. Até um antigo desafeto de Pimentel, o presidente do PT, Rui Falcão, resolveu defendê-lo nesta quinta-feira. “Pela história de vida e conduta pública, ele está livre de qualquer suspeita”, disse. Para Falcão, o ministro deu explicações satisfatórias no caso e deve seguir no governo. Pimentel e o presidente do PT disputaram espaço na comunicação da campanha de Dilma e tiveram um desentendimento. Eles não são próximos — o ministro, por exemplo, não conversou com Falcão sobre as denúncias.

Ainda que alguns petistas neguem publicamente, pesa contra Pimentel a semelhança do seu caso com o do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. Apesar da confiança e da proximidade que tinha com a presidente Dilma, ele foi o primeiro ministro a deixar o governo por não se sustentar politicamente.

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