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‘Não pode ter sido ele. Isso é coisa de profissional’, diz familiar

Família não acredita que adolescente de 13 anos tenha executado os pais, a avó e uma tia-avó e se suicidado em seguida; crime aconteceu na Zona Norte

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 ago 2013, 17h49

Quando viu pela TV que viaturas de polícia se aglomeravam em frente à casa da sobrinha, Sebastião de Oliveira, de 54 anos, se dirigiu para o bairro Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, para saber o que tinha acontecido. Ao entrar na residência junto com a PM, encontrou um cenário de terror: cinco pessoas de sua família executadas com tiros na cabeça.

As vítimas eram suas irmãs Bernadete e Benedita Oliveira; a filha de Benedita e sua sobrinha, Andreia Regina Bovo Pesseghini; o marido de Andreia, Luís Marcelo Pesseghini; e o filho único do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos – principal suspeito de cometer os assassinatos. Os corpos foram encontrados na noite desta segunda-feira.

Segundo Oliveira, os parentes não conseguem acreditar que o adolescente tenha matado toda a família e se suicidado, hipótese cada vez mais forte à medida que avançam as investigações. “Não pode ter sido ele. Isso é coisa de profissional”, afirmou Oliveira ao site de VEJA durante o velório das vítimas nesta tarde. Entretanto, o parente disse não ter notícias de que o casal estaria recebendo algum tipo de ameaça.

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Morador do mesmo bairro das vítimas, Oliveira afirma que Marcelo não tinha condições de manejar a pistola .40 da mãe, utilizada no crime. Ele também contesta a informação da polícia de que imagens mostram Marcelo dirigindo o carro de Andreia. “Ele tinha 13 anos, mas uma altura abaixo da média. Não tinha tamanho para dirigir o carro”, afirmou.

Oliveira afirma ainda que Marcelo era destro. O boletim de ocorrência do crime diz que a arma foi encontrada perto da mão esquerda do adolescente. Professores e colegas teriam confirmado à polícia que ele era canhoto. Exame residual mostra que as mãos de Marcelo não tinham vestígios de pólvora, mas a polícia ressalta que a análise não é 100% conclusiva.

Perfil – “Ele era ‘dos estudos’. Não tinha muitos amigos e passava o dia todo em casa estudando ou jogando videogame. Só saía para ir à escola”, afirma Oliveira, ressaltando que Marcelo era tranquilo e que na família não havia notícias de brigas entre o garoto e os pais. O familiar disse ainda que Marcelo tinha muito orgulho do pai ser da Rota e que pretendia fazer parte da corporação quando crescesse.

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A descrição de Oliveira diverge do depoimento prestado pelo melhor amigo de Marcelo, um garoto da mesma idade e que estuda na mesma escola. Ele contou à polícia que o adolescente tinha “fantasias constantes de matar os pais, pegar o carro e fugir”.

Segundo informações do delegado que conduz o caso, Itagiba Moreira Franco, Marcelo também tinha muitas armas de brinquedo no quarto e, no dia do crime, levou para a escola um revólver calibre 32 que pertencia a seu avô.

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