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Multa à Samarco deve passar de 10 bilhões de reais, diz deputado

Parlamentares que acompanham os estragos provocados pelo rompimento da barragem em Mariana (MG) afirmaram que os valores anunciados pelo Ibama e Ministério Público são "irrisórios"

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 nov 2015, 18h41

O relator do novo Código da Mineração, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), afirmou nesta sexta-feira que a Samarco poderá pagar uma multa de “no mínimo” 10 bilhões de reais pelos danos ambientais e sociais em decorrência do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora em Mariana, no interior de Minas Gerais, em 5 de novembro. O rompimento fez com que um “tsunami” de resíduos resultantes da exploração de minério de ferro fossem despejados sobre vilarejos da região, atingindo a bacia do Rio Doce.

Segundo o deputado, o cálculo foi feito com base em avaliações de técnicos do Senado e da Câmara. Quintão explica que a conta envolve a retirada da lama no rio, bem como seu recondicionamento para um aterro. “É só fazer uma conta básica, o metro cúbico de rejeito a ser tratado custa cerca de 100 reais. É só cotar com qualquer empresa que faz isso. A lama atingiu 700 quilômetros do Rio Doce. Então, só nesse processo o custo é de 6 bilhões de reais”, estimou. O deputado também contabilizou os custos para reconstruir os destruídos destruídos e a indenização a ser paga aos afetados pelo desastre. “No mínimo, isso dá 10 bilhões de reais. No máximo, só Deus sabe”.

Já o deputado Sarney Filho (PV-MA), que faz parte da comissão externa da Câmara que avalia os estragos da tragédia, falou que os custos à Samarco podem chegar a 5 bilhões de dólares (ou quase 20 bilhões de reais). Segundo ele, no entanto, ainda é muito cedo para apontar valores. “Precisamos fazer uma coisa bem feita. Contratar gente de fora e ouvir técnicos para apontar o alcance total dos danos, se eles são reversíveis, se o rio pode ser tratado, se será possível revitalizar a área, etc”. Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho é crítico do atual texto que trata do setor de mineração de Leonardo Quintão.

Apesar das divergências, os dois deputados têm a mesma opinião sobre a multa preliminar já aplicada pelo Ibama, de 250 milhões de reais, e sobre o valor que a Samarco acordou com o Ministério Público em pagar, 1 bilhão de reais. Os dois consideram esses valores “irrisórios”. “[O custo] vai muito além do que o Ibama e o Ministério Público estão querendo. Dez bilhões de reais ainda é um preço tímido, conservador”, disse Quintão. Os dois parlamentares passaram os últimos dias visitando as cidades atingidas pela lama. A cidade mineira de Governador Valadares, que teve o abastecimento de água cortado por causa da lama, é a base política de Quintão.

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