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MPM vai recomendar que Exército filme ações na Maré

Promotores querem evitar acusações de abusos dos militares na ocupação

Por Da Redação
25 mar 2014, 21h24

O Ministério Público Militar (MPM) vai recomendar ao Exército que filme todos os patrulhamentos, abordagens e prisões de civis durante a ocupação do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, prevista para ocorrer nas próximas semanas. A utilização de armamentos não letais também será sugerida, de acordo com técnicas de uso progressivo da força. Os objetivos das medidas são garantir as liberdades individuais dos cerca de 130.000 moradores da Maré e evitar acusações de abusos cometidos pelos militares.

Nesta terça-feira, representantes das forças federais e estaduais passaram todo o dia reunidos no Comando Militar do Leste (CML), no Centro do Rio, para detalhar como vai ser a ocupação do Exército. Ainda não foram definidos a data nem o efetivo que será empregado.

Segundo fontes que estiveram nas reuniões, a maior dificuldade do Exército é remanejar tropas para o Rio neste momento, devido ao esquema de segurança da Copa do Mundo, que está praticamente fechado. Desta forma, a previsão é que os militares entrem na Maré daqui a duas ou três semanas, já que inicialmente as 16 favelas da região serão ocupadas pela Polícia Militar. “Não se pode descobrir um santo para cobrir outro”, diz uma fonte.

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Tropas federais vão ocupar Complexo da Maré, no Rio

Uma comissão formada pela procuradora militar Hevelize Jordan e quatro promotores do Ministério Público Militar (MPM) vai acompanhar as ações de Exército durante a ocupação do conjunto de favelas do Complexo da Maré. Os integrantes do grupo deverão estar no local no momento na ocupação do conjunto de favelas pelo Exército, acompanhar a lavratura de autos de prisão em flagrante, visitar a Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que será montada na região, e acompanhar as reconstituições de crimes investigados em inquéritos policiais militares (IPMs).

Para facilitar a atuação do Exército na procura por traficantes, armas e drogas, Hevelize defendeu a expedição de mandado de busca e apreensão coletivo, como ocorreu na ocupação dos complexos do Alemão e da Penha, no final de 2010. “O foco da operação será combate ao tráfico. A Maré é cenário de múltiplas facções. Além disso, a topografia da região é outro fator que dificulta os trabalhos. Não há como termos mandados de busca individuais para cada local suspeito. As sete fases da ocupação do Alemão funcionaram bem desta forma. Se tivesse dado errado, o Exército não estaria sendo chamado novamente”, destacou a procuradora.

(Com Estadão Conteúdo)

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