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MPF cogita pedir prisão de Rose de Noronha

Procuradora Suzana Fairbanks afirma que ex-chefe de gabinete da Presidência em SP era peça importante no esquema e tinha trânsito livre no governo federal

Por Da Redação
28 nov 2012, 10h57

A procuradora responsável pela Operação Porto Seguro no Ministério Público Federal, Suzana Fairbanks, afirmou nesta terça-feira que, a depender das provas colhidas pela polícia durante as apreensões feitas na última sexta-feira, poderá pedir a prisão da ex-chefe de gabinete de Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha. “De acordo com a necessidade a gente vai avaliar essa necessidade da prisão cautelar. Há possibilidade”, afirmou.

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Segundo Suzana, apenas o sigilo dos e-mails de Rose foi pedido – e deferido pela Justiça. Não houve pedido de quebra do sigilo telefônico porque, segundo ela, os fatos mais relevantes investigados eram “pretéritos” – referiam-se aos anos de 2009 e 2010 – e, não havendo “atualidade da conduta” não havia necessidade de interceptações.

Além disso, disse a procuradora, a equipe que cuida do caso era pequena e a descoberta da influência de Rose se deu nos últimos quatro meses da investigação, que já tinha um “timing” para ser deflagrada.

A procuradora afirmou que Rose era uma peça muito importante no esquema, e que ela tinha trânsito livre no governo federal. “Ela tinha essa intimidade até de convívio social por festas, eventos. Vivia naquele mundo. Com base no cargo praticava tráfico de influencia e corrupção”.

Suzana afirmou acreditar que Rose tenha movimentado mais prestígio do que dinheiro e declarou que a denúncia da Procuradoria deve ser entregue à Justiça ainda este ano. A procuradora informou ainda que enviará à Procuradoria Geral de República material para possível investigação dos deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Sandro Mabel (PMDB-GO). Ela contudo, não informou o conteúdo dele porque parte dos autos continua sob sigilo judicial.

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A influência de Rose – Rosemary de Noronha pediu à cúpula do Ministério das Comunicações que facilitasse o andamento de um processo de autorização de uma rádio da família de Paulo Vieira, diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA), preso na Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Rose conversou em junho deste ano com o secretário executivo da pasta, Cezar Alvarez, sobre a liberação da Rádio RMS, de Capão Bonito (SP). A empresa tem como um dos sócios Marcelo Rodrigues Vieira, irmão de Paulo.

O ministério confirmou que Alvarez discutiu o assunto com Rose duas vezes, mas alega que não deu nenhum benefício à rádio. “Reclamações deste tipo são constantes e habituais, e é obrigação deste ministério receber todos que nos procuram com questionamentos dessa natureza”, afirmou a pasta, em nota. O ministério declarou ainda que Alvarez não conhece Paulo Vieira.

A Rádio RMS tem autorização de funcionamento provisório desde janeiro. Dois meses depois da conversa entre Rose e Alvarez, segundo o ministério, o processo foi enviado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), “com base em um convênio que transferiu para a agência reguladora a competência de analisar pedidos de alterações técnicas nos processos de radiodifusão”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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