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MP vai investigar seleção dos jurados do Carnaval de SP

Inquérito vai apurar supostas irregularidades no processo. Polícia apontou mais dois dirigentes de escolas entre os envolvidos em confusão no dia da apuração

Por Cida Alves
19 mar 2012, 18h39

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai investigar uma possível fraude no processo realizado pela Liga das Escolas de Samba para escolher os jurados do Carnaval 2012 da capital paulista. O inquérito foi instaurado na última sexta-feira pelo promotor de Justiça Carlos Cardoso de Oliveira Junior, depois de uma representação noticiando irregularidades na seleção do júri.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social enviou um ofício à Liga das Escolas de Samba solicitando uma série de documentos, incluindo o edital com as regras do concurso. Pela assessoria de imprensa, a Liga informou que, até às 18 horas desta segunda-feira, não havia sido notificada sobre a investigação.

Inquérito Policial – O inquérito da Polícia Civil que apura o tumulto no dia da apuração do desfile, em 21 de fevereiro, deve ser encaminhado à Justiça nesta quarta-feira. Além das sete pessoas que já haviam sido indiciadas, mais dois dirigentes de agremiações foram incluídos no processo. Darci Silva, presidente da Vai-Vai, conhecido como Neguitão, e Edilson Casal, presidente da Pérola Negra, responderão por provocação de tumulto, informou o delegado Luís Fernando Saab.

Segundo o delegado, imagens e testemunhos comprovam que a atitude de Neguitão e Edilson acabou promovendo um “levante” com a participação de mais pessoas das comunidades ligadas às escolas de samba. “Eles empurraram o portão e se indignaram com as notas, numa atitude desproporcional ao local onde estavam”, afirmou o Saad. A pena é de 15 dias a 6 meses de detenção.

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A investigação também concluiu que Tiago Ciro Tadeu Farias, que invadiu a área de apuração e rasgou os envelopes com as notas que faltavam ser lidas, chegou até a mesa da diretoria da Império de Casa Verde porque conhecia alguém da escola – e não porque comprou uma das pulseiras de identificação, como chegou a declarar. “Não havia possibilidade dele estar naquela mesa sendo um total desconhecido das pessoas que estavam ali”, afirmou Saab.

Acordo – No dia da confusão foram presos Tiago e Cauê Ferreira, da Gaviões da Fiel. Ambos disseram ter invadido a área porque perceberam que não seria cumprido um suposto acordo feito com a Liga das Escolas de Samba para que nenhuma agremiação fosse rebaixada neste ano.

A combinação seria para acalmar os ânimos das diretorias de algumas escolas, que não concordaram com as notas dadas por dois jurados substitutos, convocados às vésperas do desfile. A Liga nega a existência do acordo e diz que as escolas sabiam das substituições dos jurados. A polícia afirma que, nos depoimentos, a informação também não foi confirmada. A hipótese de que a invasão tivesse sido orquestrada também não chegou a ser totalmente comprovada, apesar da existência de indícios.

No total, nove pessoas foram indiciadas. Além de Tiago, Cauê, Neguitão e Edilson, responderão por supressão de documentos o diretor de carnaval da Camisa Verde e Branco, Alexandre Salomão, e um membro da mesma escola, Washington Alessandro de Campos, o Adão. Edinei Moraes Sarmento, Luciano Zacharias da Silva e Thiago Henrique do Nascimento, todos integrantges da torcida organizada da Gaviões da Fiel, foram indiciados pelo incêndio de um carro alegórico da Pérola Negra.

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