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MP vai investigar doadora de Bethlem por contrato suspeito

SCMM Serviços foi contratada pela ONG Tesloo para serviço que, oficialmente, não dizia prestar

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
5 ago 2014, 23h37

Mais uma frente de investigação foi aberta para apurar o esquema de corrupção do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB) na Prefeitura do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Estado do Rio decidiu investigar uma doadora de campanha de Bethlem, contratada pela ONG Tesloo quando ele foi secretário municipal de Assistência Social, de 2010 a 2012. A Tesloo pagava uma mesada de 65.000 a 70.000 reais para o deputado, de acordo com confissão do homem forte do prefeito Eduardo Paes em áudios e vídeo revelados pelo site de VEJA.

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A doadora sob suspeita é a SCMM Serviços de Limpeza e Conservação. A firma contribuiu com 50.000 reais para a campanha de Bethlem para deputado federal em 2010. Um ano depois, foi contratada por 84.000 reais, com um adicional de 4.000 reais de combustível, pela Tesloo, para fornecer dois carros 1.0, com ar-condicionado e motorista, por um período de um ano, de acordo com reportagem da TV Globo.

Mas o contrato foi considerado suspeito pela promotoria, porque na época a SCMM sequer dizia realizar a “locação de carros” como uma de suas atividades econômicas informadas à Receita Federal. A contratação da SCMM foi descoberta em auditoria do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.

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A promotora Gláucia Santana vai investigar se a SCMM foi favorecida de alguma forma por Bethlem. O deputado teve os bens bloqueados, devido à suspeita de que operava esquema de corrupção na prefeitura. Também foram quebrados os sigilos bancário e fiscal dele para rastrear eventuais pagamentos de propina.

De acordo com a promotora, Bethlem deve ser denunciado por improbidade administrativa pela manutenção de contratos com a Tesloo. Há suspeitas também de superfaturamento na contratação e enriquecimento ilícito do parlamentar.

A SCMM, doadora de Bethlem, pertence a João Alberto Felippo Barreto e Pedro Ernesto Barreto. Desde 2000, eles também possuem a Infornova Ambiental Limitada, antiga Locanty Comércio e Serviços. A Locanty é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por suspeita de fraude em licitações.

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