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Ex-diretor da Previ afirma que esquema de espionagem continua

Por Da Redação
10 ago 2010, 10h39

Após revelar a VEJA que o gabinete da presidência da Previ – o poderoso fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil – foi usado como centro de montagem de dossiês contra adversários do governo, o advogado Gerardo Santiago, ex-diretor do fundo, afirmou na segunda-feira que aposta na continuidade do esquema de espionagem petista. “Depois que se toma gosto, que se aprende a fazer… ninguém mais está seguro”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-assessor da presidência do fundo, Gerardo contou a VEJA que, cumprindo ordens superiores, elaborou dossiês contra deputados e senadores da oposição. Entre os alvos dos petistas já esteve até o atual candidato à Presidência da República José Serra. “A Previ é um braço partidário; é um bunker de um grupo do PT, uma fábrica de dossiês”, acusa o advogado, que garante ter cumprido missões determinadas diretamente por Sérgio Rosa, que presidiu o fundo até maio passado”. Santiago revelou ainda que um grupo foi formado na Previ já em 2002 para produzir dossiês contra o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. As revelações de Santiago serão analisadas pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Após a análise, os promotores decidirão se vão abrir uma investigação a respeito do esquema.

Sobre os motivos que o levaram a revelar o esquema de espionagem, Santiago diz que começou a ficar “inquieto” ao perceber que “estava me tornando um funcionário de um determinado grupo político” e que isso se deu em 2005, durante a CPI dos Correios, quando a maioria dos dossiês foi produzida. “Esse episódio significa a frustração de uma parte da minha vida. Foi a aposta que eu fiz desde a minha juventude numa proposta política, num projeto político que se degenerou”, lamenta Santiago, que durante os tempos em que serviu como operário de espionagem do PT, ganhava cerca de 13.000 reais por mês. “Além do cargo no Conselho da Vale”, acrescentou.

Na segunda-feira, Serra chamou o caso de “baixaria” e desafiou os petistas a encontrarem algo contra ele. “O que não falta em cima de mim é dossiê fajuto. Minha vida pública é limpa do começo ao fim”, garantiu. O PSDB também quer explicações sobre a arapongagem. De acordo com o jornal O Globo, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai apresentar à Mesa-Diretora do Senado um requerimento para que Santiago seja ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

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