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MP pede condenação de ex-deputado André Vargas

Para o MP, além de ser penalizado pelos crimes, o ex-petista, seu irmão e o publicitário Ricardo Hoffmann devem ter os bens confiscados até R$ 1 milhão

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 ago 2015, 17h34

O Ministério Público Federal apresentou nesta sexta-feira ao juiz Sergio Moro pedido para que o ex-deputado petista André Vargas, seu irmão Leon Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann sejam condenados por crimes como organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Além do propinoduto instalado na Petrobras, a Operação Lava Jato detectou um esquema de repasse de dinheiro realizado pela agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada pelo Ministério da Saúde e pela Caixa Econômica Federal para beneficiar Vargas. Segundo a Polícia Federal, a agência repassava 10% dos ganhos a título de bônus de volume a empresas do ex-deputado e de seu irmão, Leon, sem haver qualquer prestação de serviço que justificasse os pagamentos.

Em vez de pagar o bônus à agência principal, prática comum no mercado da publicidade, as produtoras subcontratadas pela Borghi/Lowe para gravar filmes publicitários e spots de rádio para órgãos públicos – e que de fato prestavam serviços – pagaram para as empresas Limiar e LSI, de Vargas e seu irmão. “Todas as evidências indicam que tais empresas foram constituídas justamente com o propósito de receber, de maneira dissimulada, as vantagens indevidas solicitadas pelo ex-deputado federal André Vargas. Os expedientes utilizados na constituição e no funcionamento das empresas relacionadas a André Vargas demonstram um ardil típico de empresas de fachada”, afirma a acusação.

No pedido de condenação, a força-tarefa da Lava Jato diz que Vargas “comandou o núcleo da organização nos atos praticados em desfavor da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde” e que deve ter a pena agravada porque recebeu propina enquanto era o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados. Para o MP, além de ser penalizado pelos crimes, o ex-petista, Leon e Hoffmann também devem ter os bens confiscados até o valor de 1.103.950,12 reais, além de pagar quantia semelhante a título de “reparação de danos”.

“Os motivos dos crimes devem ser valorados negativamente em relação ao acusado André Vargas, uma vez que, valendo-se da sua condição de deputado federal, almejou obter lucro fácil as custas da Administração Pública, utilizando o prestígio do cargo que ocupava”, afirma a acusação.

Assim que viu o cerco se fechar contra André Vargas, o publicitário Ricardo Hoffmann tentou negociar com o Ministério Público um acordo de delação premiada para detalhar como o ex-deputado petista embolsava propina a partir de um esquema de desvio de dinheiro dos bônus de volume de propagandas. A própria agência Borghi, como pessoa jurídica, também tentou uma proposta de colaboração com os investigadores, mas os procuradores da força-tarefa rejeitaram a possibilidade de acordo nos dois casos.

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