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MP pede condenação de doleira a 47 anos de prisão

Nelma Kodama era próxima ao doleiro Alberto Youssef. Foi presa pela PF quando tentava sair do país com 200.000 euros escondidos na calcinha

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
26 set 2014, 18h50

O Ministério Público Federal pediu a condenação da doleira Nelma Kodama a 47 anos e 15 dias de prisão. Ela foi presa no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, pela Polícia Federal no dia 15 de março, quando tentava fugir para Milão, na Itália, com 200.000 euros escondidos na calcinha. Próxima ao doleiro Alberto Youssef, Nelma era um dos principais alvos da operação Lava Jato.

A operação que desmantelou um megaesquema de lavagem de dinheiro foi deflagrada em 17 de março. Antes de tentar fugir do país em voo de carreira, Nelma já tinha manifestado preocupação a Youssef. Em 13 de março, ela conversou ao telefone com o doleiro para tratar sobre a possível utilização de um helicóptero para fuga. “Amanhã vai ter operação. Então você sabe o que fazer”, disse o doleiro na conversa.

Nelma é acusada de sete crimes: participação em organização criminosa, evasão de divisas, operação irregular de instituição financeira, atribuição de falsa identidade a terceiro para operação de câmbio, tentativa de evasão de divisas em espécie, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Entre maio e novembro de 2013, a doleira conseguiu, com a ajuda de subordinados, enviar ilegalmente 5,3 milhões de dólares para o exterior, por meio de 91 contratos de câmbio fraudulentos que simulavam importações, utilizando empresas de fachada. O grupo de Nelma movimentou 103 milhões de reais em transações feitas por empresas de fachada entre os anos de 2012 e 2013, de acordo com rastreamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A quadrilha tinha inclusive a ajuda de um gerente do Banco do Brasil para acobertar os crimes. De acordo com a denúncia de força-tarefa do Ministério Público Federal, Rinaldo Gonçalves de Carvalho, gerente da agência Campos Elíseos do Banco do Brasil em São Paulo, recebia propina para ajudar a movimentar contas de empresas de fachada e deixar de comunicar operações suspeitas ao Coaf. O Ministério Público Federal exigiu que ele seja condenado a 27 anos e sete meses de prisão.

Além da doleira, outros oito comparsas respondem ao processo. Lucas Pacce, um dos auxiliares de Nelma, colaborou com a Justiça e fechou acordo de delação premiada. Nas alegações finais apresentadas à 13ª Vara Federal Criminal do Paraná, os procuradores da república Antonio Carlos Welter e Diogo Castor de Mattos pediram que ele seja condenado a 13 anos de reclusão, mas destacaram que, “a depender da efetividade da colaboração”, o Ministério Público poderá requisitar a redução da pena de 1/3 a 2/3.

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