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MP pede absolvição de menores que confessaram morte de médico no Rio

Procuradoria pede a condenação do adolescente que nega participação no crime, e diz que não há provas contra os outros dois

Por Da Redação
18 jun 2015, 09h46

Em audiência sobre o caso do médico Jaime Gold, que morreu esfaqueado durante um assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 19 de maio, o Ministério Público solicitou na quarta-feira a condenação do primeiro adolescente apreendido, de 16 anos, e a absolvição dos dois últimos, de 15 e 17 anos. A postura surpreendeu a todos, já que o primeiro adolescente sempre negou o crime, enquanto os dois últimos confessaram o ataque e inocentaram o primeiro, afirmando que ele não participou do latrocínio.

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“É uma situação que nunca vi na minha vida. Esperamos a sentença. A única coisa que liga o adolescente ao fato é uma testemunha”, afirmou Alberto Júnior, um dos advogados de defesa do primeiro adolescente. A audiência terminou por volta das 22 horas e a juíza Michelle Gouvêa Pestana, da Vara da Infância e da Juventude, vai proferir sentença a sentença no prazo de até dez dias.

Os promotores Luciana Benisti e Renato Lisboa argumentaram à magistrada que, isoladamente, as confissões dos jovens de 15 e 17 anos não comprovam a participação deles no crime. Durante a audiência desta quarta, eles não foram reconhecidos pela única testemunha ocular do caso, um frentista de 28 anos. Já o primeiro adolescente apreendido voltou a ser reconhecido por esse homem, segundo o defensor público Fábio Schwartz, advogado dos dois garotos que confessaram o crime. “A confissão deles não se harmonizou com as provas. O que os adolescentes dizem que fizeram não é corroborado com a principal testemunha.”

A defesa do primeiro jovem reclama que pediu três acareações à Justiça e que nenhuma foi autorizada. Segundo o advogado Djefferson Amadeus, outro advogado do adolescente, o frentista afirmou nesta quarta que o autor das facadas era branco. “O frentista diz de forma clara que quem deu a facada foi o branco, o mais claro. O mais claro está lá”, declarou, referindo-se ao terceiro jovem.

Na audiência foram ouvidas três testemunhas de defesa: o advogado Rodrigo Mondego, que defendeu temporariamente o segundo adolescente apreendido, e dois moradores de Manguinhos. Também depuseram seis testemunhas de acusação: a delegada Patrícia Aguiar, da Divisão de Homicídios, o frentista que testemunhou o crime e quatro policiais civis. Havia ainda uma testemunha pedida pela juíza. O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Divisão de Homicídios, disse, ao deixar o Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria (Zona Norte), que também havia sido ouvido.

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Convocada como testemunha de defesa, a delegada Monique Vidal, titular da 14ª DP, não apareceu. O subsecretário municipal de Proteção Social Especial, Rodrigo Abel, também falaria a pedido da defesa, mas foi dispensado.

Todos os suspeitos estão detidos, sob os cuidados do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Na quarta, os advogados de defesa do primeiro adolescente apreendido impetraram habeas corpus em favor do jovem, mas foi negado pela desembargadora Denise Vaccari, da 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ.

(Com Estadão Conteúdo)

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