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MP denuncia cinco pessoas pelo acidente com o bonde de Santa Teresa

Em 2011, seis passageiros morreram e outros 48 ficaram feridos. Todos os denunciados são funcionários da empresa Central, a responsável pelos serviços de circulação e chefia de manutenção dos bondes

Por Da Redação
8 Maio 2012, 20h16

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça cinco funcionários da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central). Eles são apontados, por terem sido negligentes, como responsáveis pelo acidente com o bonde nº 10, ocorrido em 27 de agosto de 2011, em Santa Teresa, região central do Rio. Na ocasião, seis pessoas morreram e 48 ficaram feridas. Os cinco foram denunciados, na sexta-feira, por homicídio e lesão corporal culposa. A Central é a companhia responsável pelos serviços de circulação e chefia de manutenção dos bondes.

Os denunciados são o motorneiro Gilmar Silverio de Castro; o Coordenador de Manutenção e Operação dos bondes, engenheiro mecânico José Valladão Duarte; o Chefe de Manutenção da Garagem dos bondes, engenheiro Cláudio Luiz Lopes do Nascimento; e os assistentes de manutenção, os mecânicos Zenivaldo Rosa Correa e João Carlos Lopes da Silva.

A denúncia foi ajuizada pela titular da 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, Janaína Marques Corrêa. No documento, consta que o bonde nº 10 entrou em operação por volta das 12h, sendo entregue ao motorneiro Nelson Correa da Silva- um dos mortos do acidente. Às 15h, houve a batida entre o bonde e um ônibus de passageiros. O motorneiro seguiu com o veículo até a estação para o desembarque das pessoas. Em seguida, retornou ao local da batida para a confecção do boletim de registro de acidente de trânsito (BRAT). O maquinista Gilmar de Castro, então, assumiu o veículo dirigindo-se, em tese, para a garagem dos bondes.

Ainda de acordo com o MP, no percurso, Gilmar passou a permitir o embarque de passageiros e a realizar o trajeto padrão de tráfego. Ele não levou o bonde para a garagem e o entregou ao condutor Nelson, próximo ao local da primeira colisão. Após a troca de condutores, o sistema de freios do bonde falhou no declive da Rua Joaquim Murtinho, e descarrilou em alta velocidade. Foi quando bateu em um poste e tombou.

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Após o acidente, uma série de irregularidades foram detectadas no bonde e no percurso por ele percorrido. O laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontou diversos problemas de manutenção no bonde, sem condições de segurança para os usuários. Segundo os peritos, houve vários fatores que contribuíram para a ocorrência do acidente, mas o decisivo foi a falha no sistema de freios.

“Os funcionários que trabalham diretamente como mecânicos e, principalmente, os seus supervisores, tinham o dever de retirar de circulação os veículos que sem condições de uso, assim como de informar aos seus superiores a necessidade de equipamentos e investimentos para o regular funcionamento do serviço, fato não verificado, de acordo com as declarações do então presidente e do diretor de Engenharia da empresa”, diz a denúncia.

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