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Mortes são retaliação ao trabalho da polícia, diz governo

"O crime é organizado entre aspas. Eles não sabem nem falar e se têm como organizado", diz comandante do Batalhão de Choque

Por Kamila Hage
31 out 2012, 19h34

O comandante do Batalhão de Choque de São Paulo, coronel Cesar Augusto Morelli, afirmou nesta quarta-feira que o recrudescimento da criminalidade no estado de São Paulo nas últimas semanas é uma retaliação dos bandidos à ação da polícia. “Houve retaliações porque o crime está sendo subjugado pela lei”, afirmou o coronel em entrevista coletiva, na sede do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), no centro da capital. “O crime está perdendo dinheiro e droga e sofrendo prisões.” Para o coronel, “criou-se uma neurose” a partir da divulgação de uma lista de policiais marcados para morrer. “O crime é organizado entre aspas. Eles não sabem nem falar e se têm como organizados. Os policias estão combatendo isso”, afirmou Morelli. “É uma falácia imaginar que a cidade é dominada por uma unidade. Existem várias e nem todas são batizadas ou usam uma grife para produzir o tráfico.” Para o comandante do Choque, há um superdimensionamento do poder das facções criminosas no estado. “Não é uma máfia italiana”, disse. “Para ser organizado tem que ter envolvimento de político, de policiais, de repórteres.” Operação – Desde segunda-feira há uma ação policial em curso na favela de Paraisópolis, onde foi encontrada uma lista com o nome de policiais que estariam marcados para morrer. Segundo Morelli, é preciso esperar a conclusão das instigações para definir de quem eram os nomes. As operações de combate ao tráfico de drogas terão continuidade, afirmou o comandante do Choque. “Os locais serão escolhidos por um levantamento da inteligência, que demonstra as áreas de maior necessidade, para diminuir a incidência criminosa”, disse. Na madrugada desta quarta-feira, um prédio que servia de laboratório e ponto de distribuição de drogas foi encontrado, durante uma operação na favela de São Remo, no Butantã, zona oeste de São Paulo. Homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) agiram em parceria com agentes civis do DHPP. O prédio fica próximo à Cidade Universitária, onde fica o câmpus da Universidade de São Paulo (USP). Dois homens foram presos e cinco conseguiram fugir, entre eles Vanderlei Golveia do Nascimento, conhecido como Madu. Ele foi o assassino de André Peres de Carvalho, de 40 anos, segundo Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O soldado da Rota foi encontrado morto pela polícia na manhã do dia 27 de setembro ao lado de seu carro, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3303, com três tiros de espingarda. A operação também levou à apreensão de onze cartelas de LSD, 403 trouxas de maconha, 146 pinos de cocaína, além de 92 recipientes de plástico com lança-perfume.

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