Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Morte de camelô foi ‘caso isolado’, diz Haddad

Policial que atirou contra vendedor ambulante fazia parte da blitz contratada pela prefeitura para combater o comércio irregular na capital

Por Bruna Fasano
19 set 2014, 19h09

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira que a morte do camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, baleado na cabeça por um policial militar, foi um “caso isolado”. O policial, que não teve o nome divulgado, atuava na Operação Delegada, na qual a prefeitura paga um salário adicional para PMs de folga fiscalizarem o comércio irregular na capital. Ele foi preso em flagrante por homicídio e encaminhado para um presídio militar. O acusado alega que o tiro foi acidental.

“Vamos esperar o inquérito para saber o que de fato aconteceu. Isso é um processo permanente [em relação à Operação Delegada]. Acho que é um caso isolado, mas tem que ser analisado em profundidade para saber se houve um comportamento indevido por parte do policial ou se é uma atitude mais generalizada”, disse o prefeito enquanto cumpria agenda.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também comentou o incidente, dizendo que a investigação está sendo feita com todo o “empenho”. “Foi um fato muito triste. Nossa total solidariedade à família. A Corregedoria da Polícia Militar já está investigando e o DHPP também. Todo o nosso empenho está nesta investigação”, disse durante evento de campanha na capital.

O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira na rua Doze de Outubro, uma das mais movimentadas do bairro da Lapa, no centro de São Paulo. Vídeos gravados por pessoas que acompanhavam a abordagem policial flagraram o instante do disparo. Nas imagens, três PMs aparecem imobilizando um vendedor ambulante enquanto camelôs e passantes se aglomeram em volta deles para impedir a detenção. O policial então saca uma arma e um spray de pimenta para afastar a multidão. Num momento de distração do PM, Braga tenta agarrar o spray e é alvejado na boca. Em seguida, ele aparece agonizando caído no meio da rua. Após o incidente, vendedores ambulantes fizeram um protesto no local, ateando fogo em sacos de lixo e depredando uma estação de trem.

Continua após a publicidade

O comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou que o policial “errou” em atirar no camelô, mas negou que a corporação esteja mal preparada para atuar nesse tipo de ocorrência. “Verificamos que o policial se precipitou e atirou indevidamente no camelô. Portanto, ele cometeu um crime e vai responder por isso. É óbvio que num universo de 83.000 homens e mulheres existem os profissionais que erram. Esse foi um caso de erro”, disse o oficial.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.