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Morre mais uma vítima do incêndio no RS; óbitos vão a 236

Matheus Rafael Raschen estava internado em estado grave em Porto Alegre

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h31 - Publicado em 31 jan 2013, 23h58

O incêndio na boate Kiss provocou às 21h45 desta quinta-feira a morte de mais um jovem. Matheus Rafael Raschen, de 20 anos, estava internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre, desde a manhã de domingo passado. A morte do rapaz, a 236ª da tragédia em Santa Maria, foi confirmada pelo próprio pai, Nestor Rachen. Segundo ele, Matheus – que inalara fumaça e tinha mais 40% do corpo queimado – melhorou na quarta-feira, mas voltou a piorar no dia seguinte e acabou não resistindo a uma parada cardíaca.

No mesmo dia em que a tragédia causou mais um óbito, a polícia gaúcha apresentou as primeiras conclusões do inquérito que apura o que provocou a tragédia. Segundo o delegado Marcelo Arigony, que conduz a investigação, com apenas uma saída, janelas bloqueadas e mais gente do que era permitido por lei, a boate Kiss foi transformada em uma câmara de gás quando as chamas de fogos de artifício se alastraram pela espuma sintética que revestia o teto da casa noturna. Com um pedaço da espuma nas mãos, ele afirmou nesta quinta-feira que essa foi a causa das mortes.

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A espuma estava em cerca de um terço do teto da casa e fazia parte do isolamento acústico. “Parece que é um material usado em estúdios, mas é altamente inflamável e libera um gás tóxico”, disse Arigony. O delegado citou a existência de um material chamado de “retardante”, utilizado justamente para evitar o rápido alastramento do fogo. Pelo que a perícia indica até o momento, isso não foi usado na boate Kiss.

https://www.youtube.com/watch?v=-fQkRSQhsrw

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Prisões – A polícia confirmou que pedirá a prorrogação das 4 prisões feitas até o momento. Arigony não soube responder se existe responsabilidade criminal para os bombeiros por terem, segundo testemunhas, estimulado civis a trabalhar no resgate.

Entre as evidências que já estão de posse da polícia, os celulares das vítimas poderão ajudar a esclarecer o que aconteceu no local e hora do incêndio por meio de imagens internas da casa. As mensagens publicadas em redes sociais no momento do incêndio também são provas que podem ser consideradas. No meio de toda a documentação entregue à polícia, Arigony disse não ter encontrado ainda o Plano de Prevenção a Incêndio. “Não sabemos quem tem esse documento. Pedimos para a prefeitura e bombeiros. Pode ser que já tenho sido entregue, mas ainda não encontramos”, afirmou.

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