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Moro tentou por duas vezes, sem sucesso, intimar mulher de Cunha no Rio

Cláudia Cruz informou à Justiça Federal que está morando temporariamente em Brasília, junto do marido, na residência oficial do presidente da Câmara

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jun 2016, 20h58

A Justiça Federal do Paraná, onde correm os processos da Operação Lava Jato, tentou por duas vezes, sem sucesso, intimar a jornalista Cláudia Cruz, esposa do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na ação penal que ela responde por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A partir intimação, o réu deve apresentar resposta nos autos do processo.

O juiz federal Sergio Moro, que aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Cláudia Cruz no último dia 9, registrou nesta terça-feira que a Justiça Federal do Rio de Janeiro expediu um mandado de citação destinado ao endereço da família Cunha na Zona Oeste do Rio nos dias 14 e 17 de junho, sem que a mulher do presidente afastado da Câmara fosse encontrada em nenhuma das diligências.

“Conforme ainda relatado, em uma das oportunidades, o caseiro da residência teria informado que a denunciada estaria residindo em Brasília, no imóvel funcional da presidência da Câmara dos Deputados”, relatou Moro, que determinou a expedição de uma nova carta precatória, desta vez destinada ao endereço atual da jornalista.

No início da noite desta terça-feira, os advogados de Cláudia Cruz enviaram uma petição a Moro para que “não haja qualquer dúvida quanto ao paradeiro” de sua cliente. A defesa afirma que entrou em contato com o oficial de Justiça e que Cláudia pode ser encontrada na residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, “a qualquer tempo, em especial nos dias úteis durante o horário comercial”.

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Denúncia – Na denúncia do Ministério Público, feita depois que as investigações contra Cláudia Cruz foram desmembradas das apurações a respeito de Cunha, a jornalista é acusada de esconder recursos de propina em uma conta secreta no exterior da qual era beneficiária final e utilizar o dinheiro para pagamentos e gastos de luxo.

De acordo com os procuradores da Lava Jato, o empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira pagou propina ao peemedebista para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin, na África. Ao todo, teriam sido pagos a Cunha 1,311 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. Na transação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário no acerto dos valores.

Os investigadores apontam que parte da propina acabou remetida a contas no exterior registradas em nome de offshores ou trusts, que alimentavam o cartão de crédito utilizado por Cláudia Cruz em compras de artigos de luxo.

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