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Moro autoriza transferência de Bumlai e Corrêa para presídio

Juiz da Lava Jato atende a pedido a de delegado da Polícia Federal, que havia incluído entre as justificativas para as transferências o entrave a novas operações policiais

Por Da Redação 4 fev 2016, 18h19

Atendendo a um pedido do delegado federal Igor Romário de Paula, o juiz Sergio Moro autorizou a transferência do pecuarista José Carlos Bumlai e do ex-deputado federal Pedro Corrêa da carceragem da Polícia Federal em Curitiba ao Complexo Médico Penal da capital paranaense.

O delegado havia justificado o pedido alegando que “a carceragem da Polícia Federal em Curitiba se destina tão somente a presos provisórios ou custodiados em eventual risco, bem como a limitação de espaço que dificulta a movimentação dos presos em flagrante e de eventuais operações policiais”. O delegado da PF também citou possíveis novas operações policiais como motivo para que Bumlai e Correa fossem transferidos ao presídio.

Moro concordou com Romário de Paula, e permitiu a transferência afirmando que “a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos”. Segundo Moro, o Complexo Médico Penal “vem atendendo satisfatoriamente as condições de custódia” dos presos que lá estão por prisões provisórias.

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Bumlai foi preso na 21ª fase da Lava Jato, em novembro, e virou réu em dezembro pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e gestão fraudulenta. Segundo os investigadores, o empresário e amigo do ex-presidente Lula integrou um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação do navio sonda Vitoria 10000 e a concessão de um empréstimo fictício para lavar propina que seria encaminhada ao PT.

Já Pedro Corrêa foi condenado por Moro a vinte anos, sete meses e dez dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do petrolão.

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Segundo a acusação, o ex-deputado do PP pernambucano embolsou 11,7 milhões de reais em propina. Em apenas uma das 72 práticas de corrupção penalizadas pela Justiça, o ex-parlamentar recebeu 2,03 milhões de reais. “O mais perturbador em relação a Pedro Corrêa consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 [julgamento do mensalão], havendo registro de recebimentos até outubro de 2012”, disse Moro na sentença que condenou Corrêa.

Na mesma decisão em que autorizou a transferência de Bumlai e Corrêa, Sergio Moro atendeu a um pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), feito em 26 de janeiro, para interrogar o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada. A CGU quer ouvir Zelada, condenado por Moro na segunda-feira a 12 anos e dois meses de prisão, a respeito de irregularidades na contratação da Odebrecht para prestar serviços de saúde, meio ambiente e segurança à petrolífera no Brasil e no exterior.

O depoimento do ex-diretor da Petrobras está marcado para o dia 8 de abril na sede da CGU em Curitiba.

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