Moradores protestam contra morte de jovem em Niterói
Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado
Quatro ônibus e três carros foram incendiados neste sábado durante protesto de cerca de 30 moradores do bairro Caramujo, em Niterói, na região metropolitana do Rio, contra a morte de Anderson Luiz Santos da Silva, de 21 anos, baleado na cabeça na madrugada de sexta-feira.
Os manifestantes acusam policiais militares de terem baleado o rapaz. A Polícia Militar (PM) nega envolvimento no crime. A Polícia Civil registrou a morte como provocada por bala perdida, disparada durante confronto entre traficantes de drogas e policiais militares. As armas dos PMs envolvidos no tiroteio foram apreendidas para a realização de perícia.
Anderson, que trabalhava como eletricista, foi baleado quando deixava a Igreja Nossa Senhora de Nazareth. Ele participara de uma vigília de Páscoa, na qual atuou na animação musical da celebração religiosa. A irmã dele, de 9 anos, também foi baleada, mas não corre risco de vida. A Arquidiocese de Niterói divulgou uma nota lamentando a morte do jovem.
“O jovem, procurando defender sua mãe e sua irmã, foi atingido e morreu. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência”, disse a Arquidiocese, em nota.
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Além de queimar os veículos, os manifestantes interditaram a rodovia Amaral Peixoto (um dos acessos à Região dos Lagos), na altura do Caramujo, e montaram barricadas com objetos em chamas para interromper o trânsito na alameda São Boaventura, umas das principais vias de Niterói. O protesto começou depois do sepultamento de Anderson, ocorrido nesta manhã no cemitério do Maruí, em Niterói.
(Com Estadão Conteúdo)