Silo de trigo desaba e deixa vinte feridos em Maceió

Cinco vítimas estão em estado grave; bombeiros tentam resgatar dez pessoas soterradas debaixo dos escombros e toneladas do grão

Por Eduardo Gonçalves SEGUIR SEGUINDO 7 abr 2014, 18h51

Parte do Moinho Motrisa desaba e trigo fica espalhado pela via, em Maceió (Itawi Albuquerque/Futura Press/VEJA)

Uma torre de armazenamento de trigo no bairro do Poço, em Maceió (AL), desabou nesta segunda-feira, deixando ao menos vinte pessoas feridas. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), cinco das vítimas estão em estado grave e foram encaminhadas para hospitais próximos.

Os bombeiros vasculham a montanha formada por toneladas de trigo e destroços do silo em busca de dez pessoas soterradas, entre elas estudantes de uma escola próxima ao local, uma idosa e motoristas que passavam pela rua no momento do desabamento. Uma casa atingida pelos destroços também desmorou, mas não havia ninguém no imóvel. Segundo a Defesa Civl de Maceió, a documentação da construção estava em dia e armazenava em torno de mil toneladas de trigo.

Por temor de que o restante da estrutura do silo venha abaixo, a área foi isolada, e a retirada dos escombros e do trigo é feita com cautela. O incidente aconteceu por volta das 16 horas em um dos locais mais movimentados do centro de Maceió. Moradores vizinhos ao depósito foram obrigados a deixar as suas casas devido ao risco de novos desamentos. Alguns deles relataram que a torre tinha rachaduras há pelo menos um ano. O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) foi até o local para avaliar a estrutura do prédio.

A torre pertence ao grupo alimentício Motrisa, com sede em Porto Alegre (RS), que fabrica produtos como farinha de trigo, mistura para bolos e biscoitos. Em nota, a empresa informou que está tomando providências para identificar as causas do desabamento e que não houve vítimas entre seus funcionários.

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(Com Estadão Conteúdo)