Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ministro nega recurso e STF decide nesta quarta se Cunha vira réu

Defesa havia solicitado que o caso fosse postergado por uma semana porque ainda não foram apreciados dois recursos anteriores do peemedebista

Por Da Redação 1 mar 2016, 17h54

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que fosse adiado o julgamento em que a Corte vai discutir se aceita ou não denúncia contra ele por crimes relacionados à Operação Lava Jato. A defesa havia solicitado que o caso fosse postergado por uma semana porque ainda não foram apreciados dois recursos anteriores do peemedebista. Com a decisão, o julgamento será nesta quarta-feira.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou a primeira das denúncias contra Eduardo Cunha em agosto do ano passado por considerar haver indícios de que o peemedebista praticou os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na ação, além da condenação criminal, o chefe do Ministério Público pediu que a corte imponha restituição de 40 milhões de dólares classificados como “produto e proveito dos crimes” de Eduardo Cunha, e outra parcela, no mesmo valor, como reparação dos danos causados à Petrobras e à administração pública – no total, 277 milhões de reais, conforme cálculo do MPF.

Segundo na linha sucessória da República e responsável por dar seguimento a eventuais pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha é a principal pedra no caminho do Palácio do Planalto desde que assumiu o cargo. O embate piorou depois que o lobista Julio Camargo, em acordo de delação premiada, o acusou de ter embolsado 5 milhões de dólares do propinoduto. No final do ano passado, Janot pediu que o Supremo afaste o peemedebista do cargo sob a alegação de que ele usava o cargo no Congresso para impedir investigações contra ele.

Denúncia – As primeiras referências ao envolvimento de Eduardo Cunha no petrolão apareceram em 13 de outubro de 2014, quando o doleiro Alberto Youssef prestou depoimento no acordo de delação premiada e implicou o peemedebista em um esquema de pagamento de dinheiro sujo para viabilizar contratos de empresas privadas com a Petrobras. Segundo o delator, nas negociações para o aluguel de um navio plataforma da Samsung Heavy Industries para a Petrobras, “foi demandado que Julio Camargo repassasse para o PMDB percentual [de propina] que se destinava a pagamento de vantagem indevida a integrantes do partido PMDB, notadamente o deputado federal Eduardo Cunha”. Youssef também informou que “diante da paralisação do pagamento das comissões”, Cunha articulou na Câmara dos Deputados a apresentação de pedidos de informações envolvendo a Petrobras, a Mitsui e a Toyo Setal como forma de pressionar Julio Camargo a depositar a propina.

O ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca e um dos carregadores de propina de Youssef, também afirmou em depoimento que fez entregas de propina em um endereço de Eduardo Cunha. Mas a situação se tornou mais grave mesmo com o depoimento de Julio Camargo ao juiz Sergio Moro no dia 16 de julho do ano passado. As suspeitas de recebimento de propina integram apenas a primeira denúncia contra Eduardo Cunha relacionada ao petrolão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.