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Ministro diz que governo vai dar mais vistos a haitianos

Apesar da suspensão do envio de imigrantes do Acre para São Paulo por falta de estrutura, governo federal diz que país pode receber mais refugiados

Por Da Redação
22 Maio 2015, 09h20

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), afirmou que a emissão de vistos aos haitianos no Brasil será ampliada. Ele também disse vai ao Peru, Equador e Bolívia dialogar com as autoridades sobre a exploração dos refugiados por coiotes (agentes que conduzem imigrantes ilegalmente nas fronteiras). Mesmo com a suspensão do irresponsável envio de haitianos do Acre para São Paulo, ônibus em Rio Branco (AC) continuavam a oferecer a rota nesta quinta-feira.

Sem avisar, Acre envia quase mil haitianos a São Paulo

Na terça-feira, o governo Tião Viana (PT) havia começado a despachar para São Paulo cerca de 1.000 haitianos sem comunicar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT). A prefeitura de São Paulo diz que não tem condições de recebê-los. Na capital paulista, eles superlotam abrigos de uma paróquia e são obrigados a dormir, comer e tomar banho de forma precária.

Em reunião nesta quinta no Palácio do Planalto com o governador do Acre, a Casa Civil e o Itamaraty, Cardozo disse que pretende criar medidas em conjunto com esses três países para evitar a continuidade da “exploração dessas organizações criminosas”. “Nós vamos também melhorar nossa coordenação com o Acre. Na medida em que essas organizações colocam a entrada pelo Estado, em condições lamentáveis, o Acre fica em situação vitimizada”, argumentou o ministro.

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Cardozo explicou ainda que é possível absorver os haitianos que chegam ao Brasil, mas que é preciso punir quem oferece meios ilegais de ingresso no país. “Não podemos tratar as vítimas como vilões. Agora, que se cumpra a lei e se puna os verdadeiros criminosos.”

Segundo ele, será melhorada a coordenação da situação de acolhimento e encaminhamento desses haitianos para outros Estados. “Há uma entrada ilegal organizada por coiotes, que obriga as pessoas a um percurso terrível, e peçam refúgio.” O governo tem negado o refúgio e encaminhado os haitianos para obtenção de vistos de trabalho.

O governador Tião Viana afirmou que mais de 38.000 haitianos passaram pelo Acre ilegalmente, o que gerou um gasto de 25 milhões de reais em quatro anos. Viana disse que São Paulo recebeu menos de 30% dos imigrantes até agora. “São Paulo teve dificuldades com a chegada de 100, imagina nós, que tivemos de lidar com mais de 300 em dois dias.”

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Rota – Nesta quinta-feira, um ônibus da empresa Trans Brasil – com sede na cidade de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia – estacionou próximo de um abrigo montado em Rio Branco (AC) para receber os haitianos e dois funcionários venderam passagens aos imigrantes. Refugiados também buscavam transporte para outras cidades. Um aviso na frente do abrigo sugeria seis capitais: Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

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(Com Estadão Conteúdo)

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