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Ministro da Aviação Civil nega o óbvio: ‘Não há caos aéreo’

Apesar da convicção de Wagner Bittencourt foi necessário lançar plano de emergência para o fim de ano e instalar seis puxadinhos pelo Brasil afora

Por Bruno Huberman
2 dez 2011, 16h22

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, esforçou-se nesta sexta-feira para negar o óbvio: disse que não há caos aéreo nos aeroportos brasileiros nos finais de ano. “O que existe é um momento com volumes maiores de passageiros totalmente previsível”, afirmou Bittencourt após anunciar medidas aeroportuárias justamente para esta época . O ministro não contava que o imprevisível estivesse tão próximo. Enquanto ele participava da entrevista coletiva no auditório do aeroporto de Guarulhos, a dois quilômetros dali, parte das obras do terceiro terminal de Cumbica desabou – o que pode atrasar a entrega, que foi prometida hoje para o dia 20. A Infraero informou que estuda se o prazo será ou não estendido.

A construção do módulo operacional de Guarulhos faz parte de uma série de medidas anunciada pelo governo para este final de ano. O ministro garante que as inovações fazem parte do plano de elevar a malha aeroportuária para um padrão internacional até a Copa do Mundo de 2014. “Tudo o que fazemos é para ficar. Nada é provisório”, disse Bittencourt. A expectativa é de um movimento 12% superior à média do ano. Somente em dezembro, mais de 16 milhões de passageiros deverão embarcar nos aeroportos brasileiros – 13,6% a mais do que no mesmo mês de 2010.

caos aéreo no aeroporto de Guarulhos
caos aéreo no aeroporto de Guarulhos (VEJA)

A Infraero anunciou a construção de seis módulos operacionais, isto é, terminais provisórios que foram construídos às pressas em seis aeroportos. Segundo a estatal, em Campinas, Vitória, Goiânia e Cuiabá as construções já estão finalizadas. Os módulos dos aeroportos de Porto Alegre e Guarulhos estarão em funcionamento a partir do dia 20 de dezembro – se o acidente de hoje não atrasar os trabalhos em Cumbica.

Redução de distância entre aeronaves – Entre as medidas, está também a decisão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) de realizar procedimentos para aumentar em 47% a capacidade do espaço aéreo nos principais centros de controle do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e região Sul. Desde novembro, a distância entre as aerovias – espécie de estradas aéreas – diminuiu de dez milhas para cinco milhas. Em março, essas mudanças serão feitas nas regiões Norte e Nordeste.

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Para reduzir o tempo de check-in, foi firmado um compromisso com a com as companhias aéreas. Elas serão responsáveis por aumentar as equipes de atendimento, disponibilizarão o check-in três horas antes do horário de embarque e não praticarão o overbooking. “Será aplicada multa caso alguma empresa desrespeite esse nosso acordo”, disse Bittencourt.

Nos aeroportos mais movimentados, de Brasília, Confins, Cumbica, Congonhas, Galeão e Santos Dumont, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai intensificar a atuação a partir do dia 16 de dezembro. A agência convocou 240 servidores para auxiliar na fiscalização e na prestação de informações aos passageiros. Serão instalados banners com os principais direitos e deveres dos passageiros. A Infraero também contratou 321 novos empregados para as áreas de segurança aeroportuárias, operações, navegação aérea e manutenção.

Em caso de transtornos, os passageiros agora poderão reclamar diretamente em um balcão de informação localizado dentro do aeroporto. Antes, era possível registrar queixas apenas pela internet ou pelo telefone. Essa inovação já estará disponível neste mês.

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