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Ministra fala de tortura e ‘mentiras’ em seu depoimento desta 4ª-feira no Congresso

Por Giancarlo Lepiani
7 Maio 2008, 12h31

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participa nesta quarta-feira de uma sessão da Comissão de Infra-Estrutura do Senado. No começo do depoimento, Dilma se disse orgulhosa de ter mentido quando foi presa e torturada durante o regime militar (1964-1985). O comentário foi uma resposta a uma questão do líder do DEM no Senado — José Agripino Maia (RN) pressionou Dilma a falar sobre o episódio do dossiê com dados sigilosos de gastos do governo FHC.

Na abertura da sessão, antes de a ministra iniciar sua exposição, Agripino e o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), cobraram explicações sobre o dossiê com as informações sigilosas sobre o ex-presidente, apesar de a ministra ter sido convocada para falar sobre as obras do PAC. Agripino insinuou que a ministra poderia faltar com a verdade nas declarações que daria em seguida à comissão, ao citar entrevista de Dilma à imprensa sobre os depoimentos dados sob tortura.

Na ocasião, Dilma afirmou: “A gente mentia feito doido, mentia muito, é claro que mentia para sobreviver, era um regime de exceção”. O líder do DEM também afirmou que o dossiê significaria o retorno ao estado policial. “Esse dossiê parece uma volta ao regime de exceção, a volta do uso do estado para encostar pessoas na parede.” Dilma não gostou da comparação. “Me orgulho de ter mentido”, afirmou a ministra ao líder oposicionista. “Aguentar tortura é dificílimo.”

Ao justificar as mentiras nas sessões de tortura do regime militar, Dilma lembrou: “O que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros. O pau-de-arara, o choque elétrico… com isso não há possibilidade de diálogo. Qualquer comparação só pode partir de quem não dá importância devida à democracia. Agora o país está em igualdade de condições, tanto humanas como materiais, em um diálogo diferenciado.” Dilma ficou presa durante três anos nos tempos de ditadura.

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A ministra começou seu depoimento dizendo estar disposta a responder a todas as perguntas — desde que pudesse primeiro concluir sua apresentação sobre o andamento das obras do PAC. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também disse que a ministra responderia questões sobre todos os temas. Já a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), afirmou que Agripino tentou desqualificar o depoimento da ministra com suas declarações no começo da sessão.

(com informações da Reuters)

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