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Ministério Público Militar investiga morte de adolescente na Vila Cruzeiro

Abrahão Silva, de 15 anos, foi atingido durante troca de tiros com militares da Força de Pacificação, na última segunda

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 dez 2011, 17h15

Após a morte de Abrahão Silva, de 15 anos, na Vila Cruzeiro, a Justiça Militar e a Polícia Civil entraram no circuito para esclarecer as circunstâncias da morte do adolescente, ocorrida na última segunda-feira. Nesta sexta-feira, Hevelize Pereira, procuradora do Ministério Público Militar, esteve no Complexo do Alemão em reunião com o comandante da Força de Pacificação, general Otávio do Rêgo Barros para buscar informações sobre a morte do rapaz. O encontro aconteceu por volta das 11h e terminou ao meio-dia. Depois disso, Hevelize foi até o local onde houve o crime, na localidade conhecida como mirante da Chatuba.

A Força de Pacificação abriu procedimento administrativo para apurar a primeira morte ocorrida em confronto com militares do Exército desde a ocupação dos complexos do Alemão e da Penha pelas forças de segurança, em novembro de 2010. Na versão dos militares que patrulhavam a área na segunda-feira, Abrahão estava com outros dois homens em uma atitude suspeita quando o grupo foi abordado. No momento em que se aproximaram do que parecia ser uma boca de fumo, os homens do Exército foram recebidos a tiros, segundo a Força de Pacificação.

A troca de tiros aconteceu às 22h de segunda. Na versão do Exército, o sargento que comandava a patrulha ordenou aos três que parassem de disparar. Depois, o oficial deu dois tiros para cima, seguido de disparos de bala de borracha. Sem que os tiros cessassem, o sargento apertou o gatilho do fuzil. O adolescente morreu e os outros dois fugiram. Já na versão de moradores e parentes, Abrahão não tinha qualquer envolvimento com o tráfico. Com o corpo do jovem, não havia documentos e nem arma.

O Ministério Público Militar não descarta a possibilidade de pedir a exumação do corpo para analisar se o tiro foi de fuzil ou de pistola. Ou seja, se partiu dos militares ou de bandidos da Vila Cruzeiro. Os soldados que patrulhavam o local foram afastados de suas atividades até que as investigações terminem. A Polícia Civil também apura caso e já marcou a reconstituição do crime. Testemunhas e os militares envolvidos foram chamados a participar da simulação que ocorrerá na próxima quarta-feira para esclarecer detalhes do crime.

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