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Ministério Público acusa ex-diretor da Petrobras, filhas e genros por participação em organização criminosa

Paulo Roberto Costa ajudou o doleiro Alberto Youssef, que foi denunciado à Justiça pela prática de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e organização criminosa, de ocultar a origem dos recursos ilícitos

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
23 abr 2014, 16h42

O Ministério Público Federal (MPF) começou a apresentar, na tarde desta quarta-feira, as denúncias contra os suspeitos investigados na operação Lava-Jato da Polícia Federal, que desvendou um esquema de lavagem de dinheiro de mais de 10 bilhões de reais. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi denunciado junto com as duas filhas (Arianna e Shanni Bachmann) e os genros (Márcio Lewkowicz e Humberto Mesquita) por “embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa”.

As acusações contra Costa e seus familiares serão, a partir de agora, analisadas pela Justiça. Os familiares de Costa foram formalmente acusados de “embaraço à investigação penal” porque ocultaram e destruíram documentos que seriam apreendidos em escritório do ex-diretor da Petrobras. Ele é suspeito de ter cobrado propina de fornecedores da estatal e de ter se associado ao doleiro Alberto Youssef para ocultar a origem de recursos ilícitos. Depois da apresentação da denúncia, o advogado de Costa, Fernando Fernandes, voltou a requisitar à Justiça que seu cliente responda ao processo em liberdade. Ele está preso desde o dia 20 de março na carceragem da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

“Costa e familiares não são uma organização criminosa. São uma família. Como o Ministério Público não achou nada, fez essa denúncia para não perder o prazo”, acusou Fernandes.

Youssef – A denúncia contra o doleiro Alberto Youssef já foi aceita pela Justiça, o que permite a abertura de um processo criminal contra ele. O doleiro foi acusado pela prática de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

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De acordo com o MP, Youssef comandou a evasão fraudulenta de 444,6 milhões de dólares entre julho de 2011 e março de 2014. Foram feitas 3.649 remessas por empresas geridas pelo doleiro e subordinados, como a Labogen Química, Piroquímica Comercial, Bosred Serviços de Informática, HMAR Consultoria em Informática, RMV & CVV Consultoria em Informática. Também foram utilizadas as empresas offshore DGX Imp. and Exp. Limited e RFY Imp. Exp. Ltd. Os recursos eram enviados ilegalmente ao exterior com a simulação de importações. Na denúncia, os procuradores destacam que algumas empresas sequer possuem registro de importação na Receita Federal. Na prática, o dinheiro saía do Brasil como se fosse o pagamento de uma mercadoria importada e ia para contas das offshore controladas pelo grupo de Youssef.

Esse esquema de importações fraudulentas motivou acusações de evasão de divisas, operar instituição financeira sem autorização, prestar informações falsas em contratos de câmbio e participação em organização criminosa contra os irmãos Leonardo e Leandro Meirelles, da Labogen Química. Outro sócio da empresa, Esdra de Arantes Ferreira, também foi denunciado pelos mesmos crimes. Pedro Argese Júnior, que respondia pela Piroquimica Comercial. Eles são considerados laranjas de Youssef nas empresas.

Foi marcada para 30 de maio às 14 horas a primeira audiência do caso, para serem ouvidas testemunhas de acusação contra Youssef.

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