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Ministério prorroga convênio com ONG de fachada

Cerca de 2.200 crianças preencheram fichas de inscrição e até hoje, mais de 21 meses depois do convênio firmado, aguardam início do programa

Por Da Redação
20 out 2011, 07h01

O Ministério do Esporte prorrogou até agosto de 2012 um convênio de 911 000 reais do Programa Segundo Tempo com uma entidade de fachada que, apesar de ter assinado o contrato em dezembro de 2009, jamais executou o projeto no entorno do Distrito Federal. O convênio fantasma, usado como propaganda eleitoral do PCdoB em 2010, foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro deste ano. O ministério ignorou as suspeitas de fraude.

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A renovação foi publicada há menos de dois meses, no dia 25 de agosto, pelo secretário executivo do ministério, Waldemar Souza, e pelo secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, dois homens de confiança do ministro Orlando Silva.

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O contrato é com o Instituto de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Idec), uma entidade registrada na casa de seu dono, Ranieri Gonçalves, em Novo Gama, cidade goiana da região do Distrito Federal que tem eleitores que votam na capital federal. Na época da publicação da reportagem, Orlando Silva anunciou abertura de sindicância e prometeu “apurar e punir”.

A reportagem voltou na quarta-feira ao local e não constatou nenhuma mudança: por lá, o Segundo Tempo ainda é só promessa.

Cerca de 2.200 crianças preencheram fichas de inscrição e até hoje, mais de 21 meses depois do convênio firmado, aguardam, em vão, o início do programa. Além de aparecer na prorrogação, o nome de Wadson Ribeiro, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e filiado ao PCdoB, também é mencionado como responsável pela assinatura do convênio no dia 31 de dezembro de 2009.

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Em busca de votos dos eleitores do DF que moram no Novo Gama, o comunista Apolinário Rebelo (irmão do deputado Aldo Rebelo) visitou o Novo Gama na campanha de 2010, quando comemorou a conquista do Segundo Tempo para os moradores. Na época, Apolinário disse que obteve o projeto com o “amigo” Ranieri Gonçalves, presidente do Idec, entidade beneficiada.

Revelações – Na edição de VEJA desta semana, João Dias, responsável por duas entidades que receberam dinheiro da pasta, relatou que o PCdoB usava os convênios para fazer caixa de campanha. Das verbas destinadas às ONGs, até 20% eram desviados.

O próprio ministro recebeu uma caixa repleta de dinheiro, de acordo com uma das testemunhas do caso. Orlando Silva nega todas as acusações e diz que João Dias é um “bandido” sem credibilidade.

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(Com Agência Estado)

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