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Ministério da Justiça avalia ação de PMs treinados em artes marciais

Tática foi testada pela Polícia Militar de São Paulo no protesto contra a Copa ocorrido no sábado. Ao todo, 262 manifestantes foram presos e depois liberados

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2014, 20h58

O Ministério da Justiça avaliará o uso de policiais treinados em artes marciais, sem porte de armas de fogo, para conter atos de vandalismo em protestos realizados pelo país. A tática foi adotada pela primeira vez neste sábado, quando a Polícia Militar de São Paulo desmobilizou uma marcha contra a Copa do Mundo de futebol da qual um grupo de black blocs participava. Ao todo, 262 manifestantes foram detidos e depois liberados.

“Acho que houve uma inovação em relação à tática e o comportamento da Polícia Militar de São Paulo. Evidentemente, essa tática será por todos nós avaliada. Há uma ação conjunta dos secretários de Segurança Pública com o governo federal para discutirmos a tática adequada para garantir a liberdade das manifestações e coibir os abusos que infelizmente tem acontecido em protestos “, disse nesta segunda-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O Ministério da Justiça coordena um fórum que integra a cúpula das secretarias de Segurança Pública dos Estados brasileiros para estabelecer uma linha de atuação comum das forças policiais durante a Copa do Mundo. O objetivo é trocar informações e oferecer treinamento que padronize a estratégia de segurança das polícias militares.

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Questionado sobre eventuais excessos praticados por policiais no sábado, o ministro afirmou que “seria um equívoco de minha parte tecer quaisquer considerações sobre a violência policial antes de uma apuração e averiguação”. “A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está apurando eventuais abusos e eu acredito que farão um bom trabalho em relação a isso”, disse Cardozo.

O secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, classificou a ação da PM como bem-sucedida. “Foi uma operação feita com o propósito de evitar a quebra da ordem. Foi exitosa a nosso ver porque nós tivemos um menor número de feridos, uma quantidade muito inferior de danos e um tumulto muito menos expressivo para a sociedade”, disse Grella. O secretário também afirmou que vai apurar os supostos abusos cometidos contra manifestantes e jornalistas no ato. “Todas as situações individuais de notícias de abuso serão objetos de um inquérito. Nós esperamos que os jornalistas compareçam, sejam ouvidos e nos ajude a revelar a verdade”, afirmou.

Segundo a PM, o protesto terminou com cinco policiais, dois manifestantes e pelo menos um fotógrafo feridos. Duas agências bancárias foram depredadas. Ao todo, 2 300 policiais acompanharam o protesto, que reuniu pouco mais de 1 000 manifestantes no centro da capital.

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Legislação – Segundo o ministro, o projeto de lei que visa a combater a violência dos protestos será avaliado pela presidente Dilma Rousseff ainda nesta semana e depois será encaminhado ao Congresso Nacional em regime de urgência. Entre as cláusulas do projeto estão a proibição do uso de máscaras, o aviso prévio de protestos e o aumento das punições em casos de dano ao patrimônio público e lesão corporal. “É um projeto bastante equilibrado, que prevê a elevação de penas e a tipificação de delitos. Tudo nos termos da própria Constituição”, disse o ministro.

(Com Estadão Conteúdo)

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